Ando
muito ansiosa, ansiosa eu como errado (doces + gorduras), ansiosa eu devoro
chocolates, ansiosa eu durmo pouco, me exercito pouco, ansiosa vou às compras e
compro o que não preciso.
Sob
pressão fico dramática, faço tempestade por tudo e mais um pouco, fico doente e
de cama, um simples resfriado vira o resfriado da morte.
Quando
fico desse jeito, fico sem prazer para a vida, me visto de qualquer jeito,
relaxo no visual e acho que não há muita diferença entre o restart e eu, ou
seja, perco o brilho, a única coisa que não se apaga é modestamente a minha
inteligência e senso crítico, acho até que problematizo muito bem muitas coisas
estando nessa fase e acho as problemáticas salutares para repensar e refazer a
própria vida sob uma nova ótica e novos conceitos.
Eu
volto atrás se for o caso, peço desculpas, assumo que errei, nessas horas eu me
escuto com profundidade.
Faço
uma coisa por vez, não consigo estudar ou trabalhar com tv e rádio ligados, não
consigo atender telefone com alguém falando e gesticulando próximos, não
consigo falar de trabalho na hora que estou mastigando meu almoço, não consigo
assistir missa nos bancos de trás, parece tão simples para outras mulheres,
sim, não sou mulher polvo. Desconcentro-me, me sinto lunática, mas por favor
não me peça para dar atenção a mais quando estou dando atenção de menos, não me
peça para falar baixo pois esquecerei até o que estou dizendo. Aprenda a me
ouvir no meu tom.
Não
me interrompa quando estou falando, vamos brincar de um jogo, eu falo tudo,
você me ouve, depois você fala tudo e eu te ouço, em seguida a gente faz mais
uma rodada, a rodada das considerações, assim fica tudo preto no branco.
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