Quando
tudo está as mil maravilhas, ótimo, mas quando eu quero falar, estou cheia de
problemas, quero tagarelar, quero colo, quero olho no olho, quero me isolar e
ao mesmo tempo conversar, quero ser compreendida, amparada, amada, quero tudo e
quero nada.
Não
é nada sincronizado, não ajo da mesma maneira para os mesmos problemas, uma
hora preciso de isolamento, preciso refletir, preciso pensar, por as ideias no
lugar, os pingos nos is, noutro momento preciso gritar, esbravejar, tirar de
dentro do peito a raiva, a frustração, a culpa, às vezes culpo alguém, às vezes
a mim mesma. A impressão que eu tenho é que poderia dividir mais as
preocupações, poderia dividir o conhecimento, poderia dividir as tarefas, o
trabalho, as responsabilidades para me sentir menos sufocada e consequente
menos estressada.
Dependendo
da crítica, fico intolerante, porque a gente sempre sabe quem critica por
criticar, e quem critica para ajudar, a gente sente, a gente conhece, quem
geralmente só sabe criticar, economiza elogios, economiza ‘o que legal’, ‘que
bem feito’, ‘tá tudo ótimo’. Quem também critica sem saber fazer melhor é
puramente inveja roxa de alguém que se morde pelos seus acertos, pela sua
capacidade de superação mesmo sem perfeição.
Quando
eu fico calada já é um sinal de alerta, porque falo demais e se me calo me
fecho em blocos. Eu me autoprotejo com o silêncio e pode ter certeza que eu
protejo um monte de gente com o meu também silêncio.
Por
favor, não me cutuque enquanto eu tiver te desprezando, não fique perto, fuja,
se mova porque eu tenho alguns probleminhas para resolver com você, não insista
em ficar junto se eu ainda não processei meus pensamentos.
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