A gente tem fé que transforma as pessoas, que muda o outro, que basta um jeitinho, mais amor, renúncias, saber falar na hora certa, se calar nas horas incertas, fazer cara de paisagem quando necessário.
Ele sempre me dizia coisas que eu nunca tinha deixado ninguém dizer, palavras sinceras demais, julgamentos em demasia, críticas severas, ele não tinha filtros para falar comigo e eu me sentia desrespeitada e infeliz.
Me sentia nem do lado de cá, nem do lado de lá do oceano, eu me sentia como se eu não pertencesse a essa a relação, como se eu tivesse que pisar em ovos o tempo todo, como se eu tivesse a obrigatoriedade de agradar o tempo todo.
As pessoas que se casaram com o primeiro amor, eram mais felizes ao meu ver, tinham vida simples, moravam nas colinas, coisas de filme, eram mais risonhas, amorosas e gentis, parece que a química nunca apagou.
As coisas são como são, eu preciso aceitar, isso é fato! Existe um contexto de convivência herdado dos avós, pais, responsáveis, umas crenças e convenções sociais nada a ver, que mulher transforma homem, que por trás de um grande homem, existe uma grande mulher.
Importante é viver tudo que tem para viver, fazer a coisa certa mesmo que isso doa na alma, ter a consciência que os erros ajudam a nos aperfeiçoarmos. A esposa, em particular, vive a morte do casamento dela todos os dias, ela são a fortaleza que sustenta a maioria das relações.
Arcise Câmara
Nenhum comentário:
Postar um comentário