E eu omiti tudo que estava
sentindo, eu sei que não fui honesta mas pra quê ser sincera se isso só causa
mais discórdia. Eu sabia o que realmente ele queria ouvir, resolvi poupá-lo
além de poupar a mim mesma. Chega uma hora que não dar para discutir a relação,
o outro nem tem uma unha de vontade em te entender, de tentar ao menos
compreender, de enxergar o seu ponto de vista.
Os trechos mais comprometedores
e raivosos de uma discussão que viria eu apaguei da memória e relevei, relevei
mais por mim mesma confesso! Relevei por medo de me decepcionar ainda mais, por
estranheza falta de vontade de surtar por coisas que tanto me magoavam.
A bendita memória que é muito
boa por sinal, fica latente igual pisca-pisca em períodos natalinos, lembrando
o que não é para esquecer, que você se apaixonou por alguém com aqueles
defeitos pequenos e irreconciliáveis, não porque é o fim do mundo, mas sim
porque só você deve mudar e ceder, sempre você!
O besouro da curiosidade me
picou e não vou desistir de tentar entender o porque, pelo menos comigo os
homens só dão valor quando me perdem por completo.
Nada é mais sem sentido do que
ser valorizada e amada no tempo errado, no tempo em que o coração não bate mais
forte, a emoção se transformou em indiferença e você descobriu que consegue ser
feliz e muito feliz sozinha.
Fiz papel de tola inúmeras
vezes, já perdi as contas de tantas preocupações com o passado, o presente e o
futuro, me enclausurei e me limitei a observar meu mundo, meu ego, meu eu e o
meu umbigo e lutar para que eu consiga ser feliz por mim mesma a fim de não
colocar esse dever na mão do outro.
Nenhum comentário:
Postar um comentário