Sois bons quando vos identificais com vós mesmos, eu sempre tive uma intuição muito aguçada, uma aflição desarrumada e sempre acreditei que sem amor não sou nada e que tudo que você faz tem um propósito.
Acredito que a vida nos prepara para todo tipo de acontecimentos, sabe quando alguém não me passa pela garganta, sujeitinho cheio de pose, situações estranhas e complicadas vão surgir pelo caminho, mas tem muita coisa boa, eu era feliz e as pessoas constatavam isso.
De repente casei e aí veio o cansaço, ardência nos olhos, ansiedade, déficit de atenção e problemas de memória, deveria ser mulher e não mãe do meu marido, fui orientada sobre toda a complexidade do matrimônio e a certeza de que não podemos viver sem Deus.
Quero muito contar pra todo mundo que não conhece nada da minha vida, que eu sou boa observadora, aprendo coisas novas, tive momentos fortes, enfrentando os problemas com sabedoria, expondo meu coração para todo mundo ver.
Saí de casa para pensar muito, o anseio por liberdade prenominava na minha alma, conhecimento não se fixa numa só coisa, se fixa na vivência, um dia aqui, outro ali, uma sobrevivente dos sentimentos conturbados.
Amem-se, nasçam, cresçam, amadureçam, decaiam e morram, um desafio grande no mundo onde ninguém vive sem amor, onde devemos sempre estar preparados para os acontecimentos. É fácil ir respingando, com vontade de me separar, estando no meu limite, díficil é assumir o compromisso diário de fazer o bem aos outros e a nós mesmos.
Arcise Câmara
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