Uma arma de
autodefesa era o soltar os cachorros, gritar, berrar, humilhar, na verdade, sempre
fui assim impulsiva, sempre achei que as pessoas se autoenganam quando
acreditam estar enganado alguém, sempre achei que nós somos muito importantes,
mas igualitários perante os outros.
Nunca admiti
ser criticada por quem não me conhece, não sou fã de sensacionalismo, quem me
conhece sabe exatamente quem sou, nunca tive muita coisa a perder falando o que
eu realmente sinto.
Tenho orgulho
de trabalhar com gente tão humana, tenho um desânimo indisfarçável de gente que
não trata seres humanos como humanos, sou de propor a paz, recomeço cada novo
dia com muita energia, tenho latente as questões sociais no coração.
Por muitas
vezes eu estava apenas andando em círculos, sabendo exatamente que não ia dar
em nada, sinto segurança e felicidade em minha profissão, saio de fininho
quando me deparo com injustiças, percebo o quanto muita gente segue na mesma
direção...
Seria
indiscreto afirmar, mas talvez eu consiga disfarçar o espanto em perceber que
vidas humanas não valem mais nada, há quem aguente certos terrorismos, há quem aplauda desgraças alheias, mas esse ás
na manga não veio no meu DNA.
Queria
tocar, sentir, comprovar que o mundo está mais igualitário, mas feliz assim
como o gato que adotei, mais doce como os felinos, mais leve como um coração
apaixonado.
Não gosto de
pessoas sociáveis demais, talvez porque eu seja assim, talvez porque não gosto
tanto de mim, talvez porque seja uma característica pessoal que eu precise
equilibrar, o destino me escreveu uma história trágica, mas eu não me cansei,
eu não me alucinei, eu tornei realidade uma nova história.
Não sou
resignada, sou apenas alguém que se sente respeitada por si, que luta de igual
para igual. Tá bom! Tá bom! Enfezada sim, chata sim, malcriada sim, incômoda
sim, morna e insossa talvez, mas minha atividades se confundem com minhas
ações, minhas amizades são de valor inestimável, minhas tarde são gostosas, meu
sorriso ninguém tira, é falsidade? De jeito nenhum. Eu apenas enxergo o mundo
como vejo a mim mesma, positiva e feliz.
Arcise
Câmara
Imagem: We
It
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