domingo, 27 de abril de 2014

Não me comparar com os outros


Comparação causa injustiças, comparação sempre coloca a situação numa balança em que uma coisa vale mais que outra, de um lado o superior e do outro lado o inferior, muitas maneiras diferentes de comparar e acabar com a autoestima de alguém, eu não convivo muito bem com comparações, isso não muda muito minha vida, mas causa impactos negativos.
Sou contra! Eu já sei! Parece que está no inconsciente das pessoas, algo limitador, facilitador e porque não honrado para quem colocou toga de juiz. Nos relacionamentos então, é uma verdadeira avalanche, uma atitude déspota.
Eu não me esqueço tão facilmente das comparações que sofri, do sofrimento que causaram em mim, das coisas que eram ditas com o intuito exclusivo para que eu me sentisse pior, não era capaz de compreender aqueles absurdos de palavras, porém eu me coloquei na posição de vítima e lá permaneci.
As pessoas são únicas e diferentes, o mundo está virado de cabeça pra baixo, eu me importava demais com a opinião dos outros, com a comparação, com os velhos hábitos, com o ser amado, fui uma sobrevivente.
Estava cansada demais para reagir, um pouco triste porque eu acreditava nas comparações, eu me sentia indigna, envergonhada, fora do contexto, aquilo tudo fazia sentido para mim, eu me machucava e passei a comparar também. Uma atitude bem estranha ao que me causou tanto sofrimento, eu pensava que a vida era assim.
Os meus olhos estavam distantes, assumi todos os riscos da honestidade, fui sincera quando não havia a menor importância em me manifestar, era um entrave lógico para a pequenez das minhas atitudes, tudo era suficiente real, obscurecida por verdades absolutas, por sinceridade perversa, por comparações sem parâmetros.
Não mantive o otimismo, causei danos a mim mesma, provoquei dor nos outros, meu amor era único e incomparável, porém não tinha sido dessa forma que havia aprendido, eu tinha aprendido a ser franca, honesta, transparente, custe o que custasse, eu tinha aprendido a ser inconveniente sem me dar conta disso.
Havia feito a escolha mais difícil da minha vida, confundido a autenticidade com falta de educação, tornei-me uma pessoa persistente em apontar erros, penetrei os corações mais duros com minhas análises críticas, estava pouco atraente por pessoas e muito atraente por coisas, tentei abrir a porta do meu coração por dentro, consegui as duras penas.
- Arcise Câmara
- Crédito de Imagem: http://vivifreitas.me



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