quinta-feira, 24 de abril de 2014

Esqueço a minha capacidade de amar


Ele entrou em nossas vidas quando nem imaginei, queria construir uma família, tinha os mesmos sonhos, os mesmos ideais, a mesma simplicidade elegante, ele sabia que me encontraria, não tinha a menor dúvida.
Tudo era bem real, até bom demais para ser verdade. Nós adorávamos gatos, nos identificávamos muito mais do que eu poderia imaginar, uma realidade totalmente diferente da minha, uma vida sofrida, de lutas, de conquistas com suor, com renúncias e com muito foco.
Coloquei tudo que estava sentindo no coração. O encantamento, a graça, a gentileza, o riso e a amizade, abraçaram a dignidade e destino, aprendi a relaxar, era tudo real demais, mas ao mesmo tempo tinha que quê de mistério, de dúvida, de medo, de incógnitas.
A certeza que eu tinha era que não poderia deixa-lo nem por um instante, era uma vontade de estar junto, de ser feliz a cada minuto, as lágrimas de felicidade escorriam soltas, eu estava muita agradecida por tudo. Valeu a espera!
Eu era a mais independente da relação, isso me causava mal-estar, tinha medo, era difícil para homens namorarem e amarem mulheres tão independentes, era holofote demais em cima de mim, não pude deixar de ter medo, receios, dúvidas, seria um sentimento real ou seria a tentativa de se dar bem. Era conflitante pensar assim de alguém tão amável e legal, tão gentil e trabalhador, tão disposto a crescer emocionalmente e profissionalmente.
A luz dele brilhava em mim, seu interior era lindo, eu realmente percebi que as diferenças salarias pouco importava, eu estava o comparando com os priores homens que conheci. Não era justo! Fiquei calada e pensativa, ele era um presente gratuito que o universo havia me oferecido.
Um homem de amizade real, bastava ir um pouquinho mais fundo para perceber a sutil beleza interior. Eu estava descrente da minha capacidade de amar e mais ainda, da capacidade de ser amada, não precisei atravessar o mundo para encontrar alguém tão compatível comigo ali do meu ladinho, bem próximo.
Ele me ensinou a arte de amar, a sensação fantástica de amar sem obrigações, a graça de estar juntos, a vida e o riso de forma mais fácil, ele era a personificação de tudo que sempre me atraiu e me propôs a liberdade e um crescimento profundo, ouso a dizer até um amadurecimento.
 Sim! Estou pronta!

- Arcise Câmara
- Crédito de imagem: http://facebook.com


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