domingo, 19 de janeiro de 2014

Eu estou bem. Muito bem.




As pessoas nem sempre estão interessadas em seus problemas, suas aflições, seus medos, suas dúvidas. O que te aflige parece bobagem aos olhos do outro, o que te magoa é pura frescura.
É repentino quando você percebe claramente que seus problemas são só seus, que ninguém dá muita importância se o seu coração está sangrando por dentro, se o que é superável para outra pessoa não é superável para você.
Eu não vou contar a ninguém, mais dói tanto se sentir sem apoio, dói saber que você queria desabafar em paz, ser ouvida, acarinhada, nem que fosse por uns míseros segundos.
O meu riso cativa os amigos ao redor, não importa que seja um sorriso falso, não importa se é um tudo bem sem estar tudo bem, não importa se a minha vontade é de chorar.
Meu coração afunda sozinho, sem nenhuma bengala, sem nenhum apoio, sem nenhuma vontade de ter por perto quem não quer ouvir histórias de chateações ou frustrações, tristezas e afins.
Um jantar de família tranquilo é uma excelente opção, nada de ficar falando das chateações, é melhor ser positiva, nem sempre quem pergunta se está tudo bem, quer saber quando está tudo mal.
Uma agradável surpresa é notar que de fato alguém se interessa verdadeiramente por você, por seus sentimentos, por seus conflitos, anseios e desejos.
Minha vida seria monótona se não fosse as dúvidas, se não fosse a certeza de que sob certos aspectos precisam de mudança, se não fosse a vontade de chorar sozinha e vez ou outra acompanhada.
Que a vida sorria gentilmente para mim, que 2014 me traga muitas bênçãos e alegria, que eu possa enxergar a necessidade do outro, ser ouvidos, afago, abraços.
Evitar conversa fiada, observar os sentimentos, ser leal as boas causas, ler pensamentos, abraçar o outro por dentro, deixar fluir o interesse pelo outro, sair de mim mesma.
A inveja é uma coisa danada, a inveja deseja que o outro não tenha nem as coisas que é de seu merecimento, eu já passei pela experiência de compartilhar coisas boas e prosperidade e tudo dar errado.
Já experimentei pegar um fora porque o outro não quis namorar comigo. Já vivi coisas que gostaria de não ter vivido, já aprontei com os outros, já fugi da responsabilidade de assumir minha culpa.
Já fiz beicinho inutilmente, já conclamei defensores, já briguei por bobagens, já deixei pra lá coisas que me magoaram profundamente, já cansei de tanto lero-lero.
Conclamei meu autocontrole, minha paciência, minha predisposição para resolver as minhas mazelas, já resolvi tudo que tinha que ser resolvido, já atualizei meu coração.
Se você me der licença, tenho coisas muito melhores para fazer do que perder meu tempo com você, eu sei que estou sendo grossa, ranzinza, mal-educada, mas se você não consegue me entender internamente, se não posso confiar em você, se tudo é bobagem, assim me sinto um nada.
Eu pensava que alguém podia me fazer feliz, mas estava enganada. Eu sou a única responsável por tamanha felicidade, ela pode vir parcelada, aos pouquinhos, pouco me importa.
Estou com a adrenalina a mil, meu corpo pede cada dia mais doses, acho salutar essa força para os exercícios físicos, para estar bem custe o que custar, para me sentir feliz.
Não é da sua maldita conta se estou ou não feliz, mas um colo, um agrado, um carinho, um consolo, uma palavra amiga nunca fizeram mal a ninguém, também acho que dificilmente erramos por ouvir o outro.
 - Arcise Câmara
- Crédito de Imagem: http://www.panelaterapia.com

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