quarta-feira, 2 de outubro de 2013

O estudo da vida




                                                                Imagem: http://monedias.blogspot.com.br/

Sou fascinada por antropologia, ligada na origem das coisas, de onde surgiram as evidencias do cristianismo, como sentimos o amor, o que alimenta nossa alma, porque somos seres diferentes, porque relegamos algumas coisas que outras pessoas adoram.
Desperto o meu lado mais profundo, meus sentidos mais conflitivos, meu coração que hora sangra hora pula de alegria, capacito o meu pensar no que me faz feliz, nos pilares importantes para que eu me mantenha de pé, na consideração por mim mesma, evitando e me afastando de relacionamentos que me prejudiquem, nada de amizades sugadoras, de amor egoísta, de estar rodeada de gente aparentemente meiga que quer tirar teu fígado e vender no câmbio negro.
Fujo de figuras abusivas, de pessoas com imaginação fértil para brigas, de rostos corados por sangue fervendo, de pessoas ou episódios que me faz renunciar o essencial que tanto busco.
Minha vida se limita a uma coisa de cada vez, de ampliar os horizontes sem julgamentos, de não me deixar influenciar por qualquer bobagem, de ser suficientemente boa para com os outros e para comigo mesma. Fiz pequenos estágios, aprendi a sanar as lacunas, aprimorei a gentileza, precisava amar como desejava ser amada, precisava servir como desejava ser servida.
Nada é fácil, existe a artimanha de agradar os outros em troca de mimos, em troca de conseguir o que se quer, em troca de posses, status, poder, cargos, um jeito convencional e maléfico de ser gentil sem levantar suspeitas.
Exige esforço para que o outro se sinta bem, para que o outro compartilhe intimidades, para que o outro concorde com o que é dito, para que o outro te veja como salvador da pátria, a última Coca-Cola do deserto. Assume-se a postura que o outro quer, se o outro deseja um companheiro, sou companheiro, se o outro deseja que eu seja grudento, sou grudento, se o outro deseja provas de amor, dou provas de amor, tudo muito simples, sem questionamentos ou argumentos, sem auto-identidade, ignorando qualquer mal-estar ou pensamento contrário, nasci para obter o que quero e para isso vou seguir cartilhas.
O mundo das aparências e das conquistas não parece intimidar, já não distinguimos mais o que é verdadeiro do que é falso, o que é pedra preciosa do que é bijuteria das mais vagabundas.
- Arcise Câmara


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