quinta-feira, 25 de setembro de 2014

Conclusão precipitada sem antes verificar os fatos


Inicialmente você acreditou que sua mulher te traiu, causou uma confusão horrorosa, destruiu seu coração, colocou a confiança do relacionamento na forca, tudo porque um amigo apaixonado por sua mulher resolveu inventar tudo isso para ficar com ela.
Fatalmente, sua mulher poderia ter se consolado com seu amigo, aliás, ela não sabia que ele tinha sido o causador desse mal-entendido, mas a sua mulher ainda te amava e não ia cair nos braços de ninguém, a fofoca gerou um rompimento grave, com muita indignação e muita tristeza.
Muitos falsos moralistas apareceram com seus discursos prontos, os patrulheiros da vida a dois saíram das janelas, os julgadores de plantão condenaram sem uma segunda versão, o próprio marido fez isso, imagina os outros.
Foi necessário juntar os cacos, interessar-se pela versão da esposa sem pré-julgamentos já existentes, fechar a porta da boca e abrir as janelas dos ouvidos, sem a retaguarda de sabe-tudo ou com o intuito de quem ousa tirar satisfação.
Foi preciso cortar as amarras, mimar um pouco a amada e evitar a separação orgulhosa, abrir mão do orgulho ou de qualquer pretensão em consertar os estragos para não prejudicar ainda mais a relação.
Ele foi prontamente atendido quando ela resolveu ouvi-lo apesar de toda a mágoa instalada, foi num bosque com sombras, um lugar que não permitia gritos, brigas e conflitos, ela queria se livrar daquele marido ingrato, daquele fardo tão injusto.
O próximo passo seria dado, desistir do marido e assim abandonar o passado. Tomar a decisão difícil e que atormentaria seu futuro: seguir em frente de agora em diante. Não tinha como reverter essa situação, sua autoestima estava destroçada com todo esse acontecimento, sua felicidade foi tolhida por uma fofoca maldosa e isso tinha que ser reconsiderado.
Como descobrir a si mesma nesse furacão, como revelar seu descontentamento em continuar sem a confiança tão necessária, que sacrifícios poderiam ser feitos para salvar essa relação, ou não teria nada a ser feito, quais evidências ela precisava para recomeçar com ou sem ele, que decisão tão difícil de tomar.
 Presta atenção, antes de julgar ou apedrejar alguém, principalmente quando é alguém que você ama, quando você tem metas e necessidades comuns, não se brinca com coisa séria, não se reconstrói uma vida em segundos depois que essa vida desmoronou.
Arcise Câmara

Crédito de Imagem: Amandha Ferraz

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