domingo, 17 de novembro de 2013

Não queria correr nenhum risco


 
Ocupada no meu mundinho eis que surgem várias oportunidades de namorar, garotos de boa família, gentis, legais, amáveis, bons amigos e ótimos companheiros, com apenas uma agravante: a idade. Não estou preparada para namorar homens mais novos, não quero namorá-los, eu acabo não respeitando o que eles não viveram, eu acabo querendo protegê-los de quebrar a cara e com isso saio do papel de namorada e assumo rapidamente o papel de mãe.
Não curto jantar separados com frequência porque estou em casa e ele na faculdade, não curto estilos de vida muito nights, madrugadas acordadas, baladas constantes, sem hora para chegar em casa.

Não há espaços vazios para serem preenchidos, não há pressa para encontrar o amor, estou muito feliz comigo mesma, estou amando cozinhar, fazer pratos originais e deliciosos, estou amando ir às livrarias, comprar tudo que desejar e o dinheiro puder, me dedicar a leitura sem interrupções, estou amando não ter que xeretar um pouco a vida do amado quando me sentir insegura por causa do corpo ou da baixa autoestima.
As minhas dicas são: não quer não faz, não curte não tente e assim direciono meus esforços para o que realmente quero, mas o processo é longo e tenho a consciência de que sou a pessoa mais importante da minha vida, então nada de renovar relações fracassadas, nem tentar algo que não acredito. Assim, com firmeza de propósito.

Sou receptiva e de alma jovem e acho que isso atrai os mais jovens, mas não torço por uma relação com alguém mais novo, não torço para entrar nos eixos com alguém de geração diferente da minha. Todo mundo afirma que casamento não é fácil, mas é muito mais complicado quando você está tentando ir para parte e seu amor indo para vênus.
Odiava ter que me preocupar com a aparência, nunca me senti infeliz, nunca privei meu sono por estar acima do peso, nunca detestei-me totalmente, se o corpo anda fora de linha, realço os olhos, arrebento na roupa, no sapato, na maquiagem, nunca entendi muito a insegurança, essa inquietude em agradar, essa sensatez em estar bela, modificar aqui e ali, expurgar do relacionamento básico a espontaneidade de ser você.

Caminho em direção ao que quero, converso muito comigo mesma, reflito, medito isso me ajuda muito, fico a sós e comtemplo a solidão como mágica.
Por hoje, não quero correr riscos!

- Arcise Câmara

 

 

 

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