Imagem: blogdacarterinha.blogspot.com
Gostos são gostos,
atitudes são atitudes, jeitos são jeitos, há quem goste e quem não goste, há
quem ame e quem odeie, há quem nem queira chegar perto e há quem queira grudar.
Chega uma hora de nossas vidas que cansamos de explicações, cansamos de
exageros, cansamos de mentiras, cansamos de compreender certas coisas, então
contextualizamos o que nos faz bem e que nos faz mal e percebemos claramente o
que nos pertence e o que não nos pertence.
Escolhi a profundidade
dos relacionamentos, escolhi saber por onde quero ir, escolhi ficar, escolhi
possuir coisas que me agradam mesmo que possa parecer cafona e fora de moda,
escolhi pertencer ao meu mundo sem agredir o mundo de alguém.
Tantos nãos
foram necessários para eu me transformar em quem sou hoje, em desmistificar o até
que a morte nos separe, mil atividades foram necessárias para curar o que eu
não posso controlar, desprender do que não me pertence, era mais fácil dizer
que sentir, era mais fácil falar que fazer, a única certeza existia, precisava
ter menos pressa para as minhas respostas.
Uni o útil ao
agradável, era meramente maravilhoso me sentir do jeito que eu me sentia sem
dever nada a ninguém, deixei de ter insônias, passei a tolerar mais e comecei a
ler histórias de superação, internamente pensava, é possível, eu consigo, eu
posso eu quero.
Foi assim que
tabulei meus amores duradouros, foi assim que reformei o apartamento quando eu
sempre achava que não tinha dinheiro suficiente, foi assim que me
disponibilizei a escrever, e foi assim que tentei me livrar dos julgamentos
alheios.
- Arcise Câmara
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