Acho
que passo pouco tempo no presente, penso no passado como boas lembranças, luto
pelo futuro, evito o tédio, apazíguo o resfriado. Muita coisa pode ser lembrada
e aprendida olhando par atrás, eu aprendi a olhar sempre para trás, estou
sempre com os olhos no retrovisor usando as melhores estratégias para não
repetir os tropeços.
Nunca
fui ditada por medo de passar por tudo outra vez, tento me expressar de maneira
correta, seguir a intuição, sem a tentativa desesperada de conseguir algum
controle em algo que não posso controlar, mas não me permito acreditar em quem
já acreditei, dar chances a quem tanto dei.
Minha
nossa como eu amo você passado, como estou com os pés enjaulados, como quero
entender o que se passa com as pessoas em vez de ter um relacionamento com elas,
como fico analisando suas falas, seu jeito, as circunstâncias, como é difícil
amar sem confiar.
Eu
me pego sozinha pensando em tantas coisas, eu floreio um jardim totalmente
desnecessário de um modo natural, desperdiço tempo com devaneios absolutamente
ridículos e impossíveis, rompo algumas convenções sociais, perdoe-me, mas nunca
fui de aceitar tudo que me dizem sem filtrar o essencial.
Não
sei por que insisto em justificar algo que você não acredita, mesmo que dentro
da reverência e respeito não questiono aonde você vai, nem quero saber tudo da
sua vida, não venço a descrença que sinto do meu passado e por mais que eu
acredite que as coisas e as pessoas mudem, nunca agi desse modo com vocês por
crer que o que passou deve ser guardado na memória e não rememorado na prática
dominado pelo “e se...”.
Forçar
a minha vontade sobre a tua é tudo que o amor não faz por isso não sou de
proibições, não sou de tolher o que gostaria de viver, a pessoa dominada pelo
medo não encontra liberdade no amor e eu sei amar com liberdade que poucos
homens conseguem entender.
Relacionamentos
verdadeiros são marcados pela aceitação, cada ser individualmente tentando amar
em equipe, nem sempre optamos por escolhas úteis e saudáveis, nem sempre amamos
com ética, educação e civilidade, somos submetidos uns aos outros, sempre fomos
e sempre seremos talvez seja a regra da vida.
Agradeço
pela ternura que nasceu em minha alma, agradeço as palavras árduas que machucaram
o coração, agradeço o trabalho incansável da minha mente, o desejo de conquista
de afeto, respeito e aprovação, das lágrimas
surgem e se expressam, da afirmação da própria independência, do meu direito de
errar em busca da identidade que perdi algumas vezes, do valor e da segurança
de mar e ser amada, de fazer as coisas no seu devido tempo e principalmente de não
viver de outra forma que não seja a busca da felicidade.
- Arcise
Câmara
- Crédito de
Imagem: http://joelsantana13.blogspot.com
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