sexta-feira, 16 de novembro de 2012

E agora, onde é que eu estava mesmo?



                                          Imagem: Google

Sou muito distraída, vivo roxa, teve um tempo desses que contei 8 roxos, todos visivelmente com vestimentas comportadas, para muitos levei uma surra de alguém, para mim, pura estabanação.
Lembrar nome e fisionomias é um suplício, jamais esquecerei pessoas próximas e que marcaram minha vida na infância ou juventude, mas forço a me lembrar de amigos dos amigos ou alguém de pouquíssimo contato.
Como professora de inglês no período de 1999 a 2004 sinto-me pressionada a acreditar que quase todos que eu não lembro foram alunos... Sim porque não é possível o professor que se lembra de todos os alunos, geralmente os mais danados não saem da memória.
Por enésimas vezes eu já fui à cozinha e chegando lá, esqueci o que eu ia fazer o que me levou até ali, se ia beber água, comer ou cozinhar.
Filmes eu assisto vários, uma média de 1 por semana, mas ao final de certo período eu já misturo o início de um filme com o fim de outro. Chato isso não?
Nomes? Quase sempre me vêm o branco maldito e ao invés de falar o nome a gente chama mana, mano, amiga, colega, vizinha e assim vamos levando, mas esse rodeio todo é para dizer que tem coisas que são inesquecíveis que pode passar mil anos, que pode acontecer tsunamis, furacões, terremotos e quaisquer outras calamidades, pode também acontecer do seu coração estar triste, magoado, chateado, infeliz ou solitário, mas a lembrança de momentos incríveis trás o sorriso no rosto faz a minha covinha na bochecha ficar mais profunda.
Relembrar é um prazer, rever pessoas é um encantamento de felicidade e como sou uma pessoa saudosista tenho muitas saudades de tempo bom.
Tenho saudade da época em que eu não complicava tanto, tenho saudade da época em que eu não me magoava por besteira, porque os outros sempre vão magoar você, alfinetar, cuidar da sua vida, mas e eu com isso, eu quero é ser feliz.
Tenho saudades de rir e me sentir feliz com as pequenas coisas, tenho saudade de cheiro de mato, de igarapé, de histórias da cobra grande, tenho muita saudade de pessoas que se foram pela morte ou pela vida...
Mas o que tenho para hoje? Onde eu estava mesmo?
Quero viver o presente com toda a plenitude e curtir cada minuto como se fosse o último suspiro, como se fosse aquele único momento que eu tenho para amar, olhar com os olhos do carinho, pensar no lado bom, deixar os resmungos a quilômetros de distância e matar o nhem nhem nhem, prima de primeiro grau do mi mi mi.
Parte desse aprendizado que às vezes coloco em prática, outras tantas não, vem de ensinamentos de bichos de estimação: O cãozinho, por exemplo, dar o máximo de si, não se intimida por nada, não pretende nada, nós seres humanos, deveríamos aprender com os animais, nós humanos, temos medo da perda, julgamos pela aparência, nos armamos de muralhas protetoras, sondamos se somos bem vistas ou não, queremos agrados, mimos, gentilezas, precisamos de aplausos e reconhecimentos, queremos namorar o bom partido, reunimos forças para ser interessante mais aos olhos dos outros que aos nossos próprios olhos, afinal todo mundo tem solução práticas e eficazes para a sua vida.
Qualquer incidente, lapso, acontecimento estranho que surge de repente nos amedronta e acaba por fazer esquecer quem nós somos, quais são nossos propósitos.
Às vezes ficamos cansadas e irritadas, queremos ser compreendidas. Eu quero um monte de coisa. O que você quer?
Tenho interesses, sentimentos e ideias muito diferentes da maioria, não gosto de mornices, sou desistente antes de tentar, gosto de ir por caminhos mais longos e cheios de pedras pelo caminho, não costumo voltar atrás ou me arrepender, mas costumo lutar até dizer chega, não me influencio por conselhos alheios, e é bem capas de ir ao caminho oposto do apontado pela maioria.
Eu tenho um segredo valioso e isso eu compartilho sem patentear: É o meu desejo de aprender. Eu me delicio com o aprendizado e costumo dizer que costumo aprender com a mancada alheia e com as próprias.

Srta.Arcise

Nenhum comentário:

Postar um comentário