Imagem: Google
Sou muito
distraída, vivo roxa, teve um tempo desses que contei 8 roxos, todos
visivelmente com vestimentas comportadas, para muitos levei uma surra de
alguém, para mim, pura estabanação.
Lembrar nome e
fisionomias é um suplício, jamais esquecerei pessoas próximas e que marcaram
minha vida na infância ou juventude, mas forço a me lembrar de amigos dos
amigos ou alguém de pouquíssimo contato.
Como professora
de inglês no período de 1999
a 2004 sinto-me pressionada a acreditar que quase todos
que eu não lembro foram alunos... Sim porque não é possível o professor que se
lembra de todos os alunos, geralmente os mais danados não saem da memória.
Por enésimas
vezes eu já fui à cozinha e chegando lá, esqueci o que eu ia fazer o que me
levou até ali, se ia beber água, comer ou cozinhar.
Filmes eu
assisto vários, uma média de 1 por semana, mas ao final de certo período eu já
misturo o início de um filme com o fim de outro. Chato isso não?
Nomes? Quase
sempre me vêm o branco maldito e ao invés de falar o nome a gente chama mana,
mano, amiga, colega, vizinha e assim vamos levando, mas esse rodeio todo é para
dizer que tem coisas que são inesquecíveis que pode passar mil anos, que pode
acontecer tsunamis, furacões, terremotos e quaisquer outras calamidades, pode
também acontecer do seu coração estar triste, magoado, chateado, infeliz ou
solitário, mas a lembrança de momentos incríveis trás o sorriso no rosto faz a
minha covinha na bochecha ficar mais profunda.
Relembrar é um
prazer, rever pessoas é um encantamento de felicidade e como sou uma pessoa
saudosista tenho muitas saudades de tempo bom.
Tenho saudade da
época em que eu não complicava tanto, tenho saudade da época em que eu não me
magoava por besteira, porque os outros sempre vão magoar você, alfinetar,
cuidar da sua vida, mas e eu com isso, eu quero é ser feliz.
Tenho saudades
de rir e me sentir feliz com as pequenas coisas, tenho saudade de cheiro de
mato, de igarapé, de histórias da cobra grande, tenho muita saudade de pessoas
que se foram pela morte ou pela vida...
Mas o que tenho
para hoje? Onde eu estava mesmo?
Quero viver o
presente com toda a plenitude e curtir cada minuto como se fosse o último
suspiro, como se fosse aquele único momento que eu tenho para amar, olhar com
os olhos do carinho, pensar no lado bom, deixar os resmungos a quilômetros de
distância e matar o nhem nhem nhem, prima de primeiro grau do mi mi mi.
Parte desse
aprendizado que às vezes coloco em prática, outras tantas não, vem de
ensinamentos de bichos de estimação: O cãozinho, por exemplo, dar o máximo de
si, não se intimida por nada, não pretende nada, nós seres humanos, deveríamos
aprender com os animais, nós humanos, temos medo da perda, julgamos pela
aparência, nos armamos de muralhas protetoras, sondamos se somos bem vistas ou
não, queremos agrados, mimos, gentilezas, precisamos de aplausos e
reconhecimentos, queremos namorar o bom partido, reunimos forças para ser
interessante mais aos olhos dos outros que aos nossos próprios olhos, afinal
todo mundo tem solução práticas e eficazes para a sua vida.
Qualquer incidente,
lapso, acontecimento estranho que surge de repente nos amedronta e acaba por
fazer esquecer quem nós somos, quais são nossos propósitos.
Às vezes ficamos
cansadas e irritadas, queremos ser compreendidas. Eu quero um monte de coisa. O
que você quer?
Tenho
interesses, sentimentos e ideias muito diferentes da maioria, não gosto de
mornices, sou desistente antes de tentar, gosto de ir por caminhos mais longos
e cheios de pedras pelo caminho, não costumo voltar atrás ou me arrepender, mas
costumo lutar até dizer chega, não me influencio por conselhos alheios, e é bem
capas de ir ao caminho oposto do apontado pela maioria.
Eu tenho um
segredo valioso e isso eu compartilho sem patentear: É o meu desejo de aprender.
Eu me delicio com o aprendizado e costumo dizer que costumo aprender com a
mancada alheia e com as próprias.
Srta.Arcise
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