quinta-feira, 11 de maio de 2017

O Eu que me tornei

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Eu me sinto confortável em qualquer ambiente, evito julgar as pessoas, mesmo que discorde adoto uma opinião elegante e sincera, sei que tenho muita força para lutar por minhas conquistas.
A vida me encheu de saúde e o que mais se pode querer! Não sou esnobe, mas sei humilhar, não trapaceio, mas sei competir, não sou grossa, mas sou direta e reta. Sou cheias de projetos alcançáveis, cheia de pesos e medidas, odeio fofoca e se tem uma coisa que me orgulho é da honestidade, essa tendência quase esquecida.
Eu acredito fazer a diferença no mundo, mesmo que de maneira torta ou generosa, sempre tenho algo para oferecer, mordo e assopro, sou de fácil amor (decepções) e de pouca compreensão. Amar não é fácil, nunca foi. Ter amizades sinceras é raro.
Não curto assistir notícias violentas, já fui agredida, já saltei de paraquedas, já tomei remédio para dormir, adoro um quarto escuro, sem net, telefone ou qualquer meio de comunicação.
Já joguei a culpa no outro, sou a dramática inesquecível, já deixei a vida passar, já fui indecisa com as coisas do coração, já fiz sexo sem tesão, sou esportista e aventureira.
Sou responsável, moderna, uma tendência em criatividade, sofro por deslealdade, já fui atropelada, dei trabalho à família. Iniciei um relacionamento e comecei a gostar muito dele, ele pediu que eu me afastasse das pessoas que eu amava, eu me deixei dominar pelo medo de perder. 
Só que em algum momento isso passou a tomar um rumo diferente, eu comecei a me incomodar com essa prisão emocional, a ferida estava exposta, cada pessoa tem sua forma de ver o mundo e acha que ela é a certa.
Eu não tinha "liberdade de expressão", eu passei a respeitar a minha vontade, aprendi a perdoá-lo sem rancor, mas queria distância, tenho medo de gente rígida e autoritária, fiz um balanço dos anos em que me deixei levar, avaliando este balanço pude observar que a euforia acabou, a paixão adormeceu e o amor, o que é o amor mesmo?
Arcise Câmara


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