Eu me sinto confortável em
qualquer ambiente, evito julgar as pessoas, mesmo que discorde adoto uma
opinião elegante e sincera, sei que tenho muita força para lutar por minhas
conquistas.
A vida me encheu de saúde e o que
mais se pode querer! Não sou esnobe, mas sei humilhar, não trapaceio, mas sei
competir, não sou grossa, mas sou direta e reta. Sou cheias de projetos
alcançáveis, cheia de pesos e medidas, odeio fofoca e se tem uma coisa que me
orgulho é da honestidade, essa tendência quase esquecida.
Eu acredito fazer a diferença no
mundo, mesmo que de maneira torta ou generosa, sempre tenho algo para oferecer,
mordo e assopro, sou de fácil amor (decepções) e de pouca compreensão. Amar não
é fácil, nunca foi. Ter amizades sinceras é raro.
Não curto assistir notícias
violentas, já fui agredida, já saltei de paraquedas, já tomei remédio para dormir, adoro um
quarto escuro, sem net, telefone ou qualquer meio de comunicação.
Já joguei a culpa no outro, sou a dramática inesquecível,
já deixei a vida passar, já fui indecisa com as coisas do coração, já fiz sexo
sem tesão, sou esportista e aventureira.
Sou responsável, moderna, uma tendência em criatividade,
sofro por deslealdade, já fui atropelada, dei trabalho à família. Iniciei um
relacionamento e comecei a gostar muito dele, ele pediu que eu me afastasse das
pessoas que eu amava, eu me deixei dominar pelo medo de perder.
Só que em algum momento isso passou a tomar um rumo
diferente, eu comecei a me incomodar com essa prisão emocional, a ferida estava
exposta, cada pessoa tem sua forma de ver o mundo e acha que ela é a certa.
Eu não tinha "liberdade de expressão", eu
passei a respeitar a minha vontade, aprendi a perdoá-lo sem rancor, mas queria
distância, tenho medo de gente rígida e autoritária, fiz um balanço dos anos em
que me deixei levar, avaliando este balanço pude observar que a euforia acabou,
a paixão adormeceu e o amor, o que é o amor mesmo?
Arcise Câmara
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