Outro dia
estava conversando até o dia clarear, eis que surgiu esse assunto polêmico, o
de brasileiras fáceis, vulgares, frutas, bundudas, artificiais, pois bem, eu prometo nunca mais falar disso, ouvir esse
tipo de comentário não trás nada de positivo para mim.
O que está
acontecendo com a língua do povo, o que nós temos que precisamos de perdão da
humanidade, não seria mais fácil propagar o amor e o viva a própria vida, não
seria menos humilhante tratar todos da mesma maneira e de forma respeitosa.
O resultado
dos boatos não cai nada bem, um país tão diferente, tão miscigenado, tão
diverso preso a modismos e preconceitos, um país onde falta dinheiro para tudo
há tanta preocupação com a postura do outro, enquanto a postura dos políticos
ninguém nem tchum.
Tentava
encontrar uma forma de reverter a situação, de falar que isso era o de menos,
que cada um tem a liberdade de ser quem deseja ser, que cada uma transa do
jeito que lhe convém, com ou sem conexão, com ou sem paixão. Talvez essa seja a
realidade do momento, talvez mudemos o rumo, talvez eu me torne piriguete e
você a santa convertida, todo mundo tem direito a tudo desde que não fira o
direito de ninguém.
Acho que
certos assuntos são uma grande oportunidade de tentarmos julgar menos, tornar a
vida mais explícita, mais fora de formas, sem imaginar que o outro vai se
ferrar perante seus princípios ideológicos ou religiosos, aliás esses
princípios são nossos não de todo mundo.
Eu sinto muito
com as generalizações, eu escorro lágrimas diante de homens confiantes e
fortalecidos com uma cantada brega e sem noção, eu tenho nojo em ter de
corresponder as expectativas do outro com um sonoro NÃO. Aprendi desde cedo a
ser forte e valente, aprendi desde cedo a impor respeito, aprendi desde cedo a
não me corromper por dinheiro. Aprendi muitas coisas e sou de uma formar impar
generalizada por achismo puritanistas, machistas ou istas.
Quero uma
entidade que perpetue o bem-estar de cada um, quero perguntar Por que o outro
te incomoda tanto, queria ouvir alguém falar dos familiares como fala da
vizinha da esquina, queria envelhecer em paz sem ser cobrada por ditaduras da
beleza.
São tantas
suposições pessoais, algumas podem dar certo, outras meu Deus do céu darão
errado, mas poderíamos ser eticamente mais felizes e mais semelhantes.
Arcise
Câmara
Imagem: We
It
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