domingo, 17 de agosto de 2014

Ser Pai pra mim


Ser pai pra mim é acordar às 5h da manhã para levar os filhos para brincar de manja na Bola da Suframa para respirar ar puro.
É instruir aos filhos a dizer não à venda de sinal
É nunca andar com som ligado e preferir as cantorias dos filhos que vão do repertório infantil para todos os gostos.
É chorar, pedir desculpa e perdão.
É fazer reuniões familiares para dizer o que cada um tem que melhorar.
É contar histórias com lágrimas nos olhos, especialmente falando da primeira internação de uma filho bebê e dizer que nunca as injeções doeram tanto nele, mesmo que não fosse ele a ser furado.
É entrar em choque ao bater com o carro num ônibus ao saber que eu estava solta e deitada no banco de trás.
É reagir com drama quando recebia alguma crítica dos filhos e dizer: "Um dia vocês terão um pai legal".
É fazer uma festa com os convites de aniversário que chegava em casa e aumentar o convite em pelo menos cem linhas, dizendo que ia ser le_ _ _, que ia ter palha_ _, um bolo lin_ _, Muito brigadei_ _, que nós não podíamos fal_ _ _, ia ter pipo_ _, refrigeran_ _ ...
É lembrar de ter que agir certo para não ter que ficar de joelhos abraçada aos irmãos.
É receber instruções de como preencher a vida de alegria.
É ser perfumado igual filho de barbeiro.
É lagrimar quando soube que a filha beijou na boca.
É ter liberdade de ser chamado pelos filhos de tu ou de Senhor Irineu.
É colocar nos filhos a sensação de culpa por não andar na linha.
É estar completamente perdido com a notícia que ia ser pai e dizer aos amigos: "Agora vocês me respeitem".
É se achar de menos, quando os filhos o acham de mais.
É passar vergonha no mesmo sinal, quando ao invés do "não" dizíamos "sim" para guloseimas.
É produzir na mente que criança ocupada é o melhor caminho e inscrever a gente em tudo que é esporte, no inglês e no piano.
É estar quase sempre certo.
É sempre parecer ter vinte e poucos anos.
É ter aparência e atitudes de intelectuais e parecer um professor no quadro negro quando dá conselhos.
É ter respostas rápidas e óbvias.
É fazer enganos perdoáveis.
É ficar entre nós, mesmo que os amigos o chamassem para programas "masculinos".
É ouvir dizer que fumar mata.
É do tipo que chama a atenção e cativa o carinho das amigas que não tem pai presente.
É dizer a exaustão que não basta dizer que amo minha mãe, tenho que ajudá-la em casa nos afazeres.
É não poupar das lições da morte e que a vida é breve.
É nunca esconder um elogio para ninguém.
É servir a bandeja de café da manhã e ainda colocar um bilhetinho da ordem das coisas que temos que comer: "Primeiro a laranja, depois o nescau com o pão, depois..."
É falar de seu assunto preferido: Os Filhos.
É amar e nunca se cansar.
É impor que a verdade seja sempre dita, principalmente querendo saber se você já usa batom aos 13 anos.
É desviar o rumo da conversa quando o assunto é namoro.
É saber amar da melhor forma possível.
É permitir tudo que mamãe não permitia e assim podíamos trepar em árvores, tomar banho de chuva, jogar futebol com os meninos.
É admitir que tem falhas.
É não acreditar em tudo que filho diz e confirmar se aquela borracha foi doada pela amiguinha e depois dizer: Estais em fase de formação.
É ouvir setecentos e noventa e três mil vezes para não mentirmos, não enganarmos ninguém e sempre contarmos a verdade.
É falar do passado, do presente e do futuro.
Arrá! Ter Pai pra mim é um presente precioso de Deus.
Eu te amo Pai!
Feliz Aniversário!
Feliz 69 anos!







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