A história se passa em Paris, um dia antes de Callas falecer. Na peça, Silvia Pfeifer dá vida à cantora lírica, que relata sua vida, angústias e medos ao amigo e jornalista John Adams, vivido por Cássio Reis. "É um super desafio para um ator poder fazer uma personagem que transita entre o triste, o desespero, a angústia, a agressividade, a meiguice, delicadeza, irreverência... Callas é muito bem isso", conta Silvia.
A cantora faleceu aos 53 anos, vítima de um ataque cardíaco. A peça utiliza-se de recursos como fotos de personagens da história e pequenos vídeos, com óperas cantadas por Callas, para auxiliar o público a mergulhar nessa história. "É um documentário vivo na realidade porque eu falo o tempo inteiro sobre a vida da Callas, através das perguntas que o jornalista faz. Conto várias passagens da vida dela, tanto pessoal quanto profissional", explica a atriz.
No meio de uma galeria, cercada de figurinos, joias, quadros, discos e imagens, Callas vai se despindo da figura imponente no palco e mostrando uma faceta pouco conhecida. A cada passagem, há uma troca de roupa diante do público, apresentando figurinos que são réplicas dos utilizados pela cantora em suas apresentações.
Ao se preparar para a peça, Silvia conta que se surpreendeu ao descobrir todas as tragédias da vida de Callas, como a morte do filho. "Eu conheci a Callas como a grande maioria das pessoas conhece. Nunca tinha assistido uma ópera completa dela. Conhecia superficialmente. A Callas teve uma vida tão difícil, tão trágica também, aconteceram coisas trágicas também, a gente passa a admirar ainda mais o legado que ela deixou", avalia.
Com direção de Marília Pera e texto de Fernando Duarte.
Fonte: G1
Imagem: Produção
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