domingo, 23 de fevereiro de 2014

Minha cabeça, meus absurdos.


A minha cabeça é bem despudorada, não vejo maldade em quase nada, não fico prevendo o futuro, nem fico tentando imaginar o que está por vir, não sei se é melhor continuar solteira, ou me entregar a uma relação.
Não consigo gravar mais nada, antes os contatos eram gravados na memória, hoje na agenda do celular, tudo é muito descartável em minha mente.
A ciência do bem-estar facilita as coisas, se algo magoa ou aflige um comprimidinho de rivotril resolve, para os engarrafamentos a consulta no facebook, tudo muda ou cansa, certas coisas viraram do avesso, cadê o respeito por idosos, por gente, por bichos, cadê a civilidade, estamos no mundo de ética própria, a minha ética é o que me cerca segundo minha conveniência.
A gente faz charme, quer chamar atenção e até atrai o namorado da amiga, mas dá o fora lógico, sem contar para a amiga por bom senso mesmo, por boa educação e por necessidade em não me meter em briga de "marido e mulher".
Ah relações! tenho medo de relacionamentos pela internet, não é uma necessidade para mim, pela suavidade da relação, alguém tá sempre disposta a beijar na boca, transar ou casar, tudo muito objetivo. poucas regras e muitos sonhos.
Eliminei muita teoria, tinha decidido não namorar homens mais novos, nem incompatível financeiramente, ou de religião fundamentalista, esqueci de dizer como quero e do jeito que quero, me permiti conhecer os incompatíveis.
A gente acumula roupas, regras, determinação, diz que tudo vai ser diferente e acaba tropeçando nos mesmos erros, na metade da vida você se deixa levar pelo coração, deixando o superficial de lado, sem crises e sem culpa.
Nunca me arrependi de muita coisa, mas também nunca me joguei tanto, sempre fui comedida, pés no chão, esvaziei o coração várias vezes. Vixi perdi as contas.
Tudo em um ano muda tanto, minha vida já mudou em 180 graus várias vezes, sem depressão e sem cortar os pulsos.
- Arcise Câmara
- Crédito de Imagem: http://cenasdiversas.blogspot.com

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