Sempre me presenteava generosamente, mas prestando mais
atenção no amor. Já fiz meus pais passarem por poucas e boas. Já pedi perdão pelas birras e falta de
consideração, a minha sorte é que eles têm a mente aberta.
Qualquer que seja a opção da vida do filho ela precisa
ser respeitada, mas isso não significa que os pais não devem ter controle. Como
dizia a minha mãe: Criança não tem que querer.
Tem pais que passam tempo demais concentrados em si
mesmos, preferem que o celular cuide de seus filhos, outros não pensam em
educação alimentar e uma vida mais ativa, com prática regular de atividade
física.
Perdoa se isso soa arrogante, não tenho filhos, mas a
geração de hoje está cada dia mais intolerante e frágil. Faltam fidelidade e
compromisso no cuidado com os filhos. Eles merecem.
Tem um provérbio que diz: Quando dais vós próprios é
quando realmente dais. Acho que poderia ser lição para tudo, além das gentilezas
mútuas e a distância entre as coisas e nós como pessoas.
Pensando no “e se” não leva ninguém para frente, nem
pais, nem filhos, recomeçar é o caminho, desenterrar a autoestima, amar sempre.
Um drinque ao nosso futuro feliz!
O poder da relação ficou o tempo todo na mão dos pais,
com imposições e sem diálogos por isso as gerações possuem feridas mal
cicatrizadas, rebeldias para fazer o que quiser na fase adulta e o preço da
falsa liberdade.
Presencio força oculta e juventude parada, o ser humano
não continua o mesmo, vejo sorriso doido dos que sofrem a tempo, o tempo
correndo a conta- gotas, alunos bons, inteligentes, espertos, bonitos e
egoístas.
Decidi comprar um diário porque tem coisas que a gente
não pode dizer em voz alta, escrevi sobre dias de chuva, tédio eufórico, falsas
ilusões e refleti: Que diabos estou fazendo com a minha vida.
A verdade é neutra e não tendenciosa, fico obcecada pelos
meus questionamentos, de vez em quando me belisco, outras vezes me acordo,
acredito que para os pais a alegria é a recompensa do dar e ver suas criar
felizes.
Arcise Câmara
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