Frequentando ioga e psicólogo, que leva a vida de uma
maneira esportiva, que curta o corpo e goste de se manter saudável, que seja
generoso até contra a minha vontade.
Quero um homem que termine comigo na base do diálogo, que
pare de se importar com que os outros irão pensar, que se mantenha atraente e
que me respeite mesmo que estejamos distante do outro.
Que divida as despesas e as tarefas domésticas, que goste
de mim como pessoa real e não de maneira fantasiosa, que ame alguém risonha,
piedosa e emotiva, que me puxe quando eu estiver no fundo do poço.
Quero alguém que simplifique a vida, que não ligue para o
meu jeito grosseiro de falar, que mude a sua vida a cada dia, que seja
prazeroso a sua companhia, só quero conseguir respirar de novo sendo eu mesma.
Quero um homem que se alimente de coisas boas, que não
arrume motivos bobos ou elaborados para brigar, que saiba perder ideias sem
cara feia e que decida de um jeito que seja bom para ambos.
Quero um homem que trabalhe, faça sacrifícios financeiros
em prol dos nossos sonhos, seja honesto e dê importância ao amor, que se
comprometa com a gente, que esteja preparado para ouvir verdades.
Sou de rápido desencantamento, fujo de homem com
problemas, não suporto viver fora da sociedade presa num mundo a dois, não
quero um animal nem um deus. Nada que me leve aos poucos a perder contato
comigo mesma.
Uma saída com os amigos vira motivo de briga, quando na
realidade o motivo é muito mais profundo, como insegurança e baixa autoestima
ou vontade de controlar, de ter domínio, de ser o dono.
Não dá muito certo fazer tantas exigências, mas essas são
mínimas, no entanto, faltam relacionamentos não vazios no mundo. Eu acho
ridículo casal que fala como neném. Talvez eu seja dura demais para a melodia
do amor.
Arcise Câmara
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