sábado, 27 de abril de 2013

O fundo do poço chamado burocracia



A legislação está aí para ser cumprida, mas a burocracia empaca os processos, a morosidade nas decisões e ainda empecilhos jurídicos atrasam a melhoria de vida de milhares de pessoas, como exemplo temos as enchentes, alagações, deslizamentos, áreas de riscos e consequentemente mortes trágicas.
Ninguém sabe o que faz exatamente, algumas autoridades só se sensibilizam diante dos acontecimentos, apagam incendios digamos assim, o caso de Santa Maria ocasionou blitz em casas noturnas em todo o país, mas tudo voltou ao que era antes e as boates voltam a negligenciar o escoamento fácil em caso de um possível acidente.
Ainda tem as leis trabalhistas e seus encargos tributários hediondos que acaba desprezando quem trabalha de verdade, porque entre o lucro maciço e a demissão, a escolha é sempre a segunda opção suponho eu.
Espero que leis mais rigorosas sejam criadas para desburocratizar o sistema, ando estudando para concurso e ando sentindo asco e vontade de rasgar a constituição em pedaços. Por que não são cumpridas as leis? Por que somos omissos? No fundo, lá no fundo somos desconhecedores dos nossos direitos e não confiamos em ninguém.
Vamos nos habituando a deixar pra lá, vamos nos habituando as interferências externas, sempre conheço alguém que gosta de dirigir enquanto eu estou no volante, sempre tem alguém dizendo freia, buzina, pára e assim exercito imediatamente a antipatia mais ostensiva e enraizada em mim, digna de Prêmio Nobel da Guerra.
Sempre tenho a sensação de que a  volta de qualquer percurso é sempre mais rápida, talvez porque já sabemos o caminho, talvez porque temos mais segurança pois já percorremos aquele trecho, então porque não seria mais simples consertar aquilo que já temos conhecimento? Adianta chorar pelo leite derramado?
Apagar incêndio? Não! è um trabalho zero eficaz.
Não é apenas o Estado, o Congresso e o Sistema que são burocráticos, nós também somos, temos um preço para tudo, entortamos a boca e convencionamos certas coisas, o homem que ganha menos sofre preconceitos por desempenhar uma função menos valorizada que a mulher, como se ele não pudesse ser amado, somos burocráticos nas questões sentimentais, queremos do nosso jeito com aquela intensidade e da forma, despejamos nossa inveja e cima de coisas que não conseguimos conquistar e ciúme em forma de ódio por não termos a posse. Precisamos nutrir sentimentos de vingança por um amor improvável, caso você não sinta nada por mim.
E assim vamos misturando burocracia, inveja, orgulho, ira, desdém e vamos emperrando as relações saudáveis e felizes.
- Arcise Câmara

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