Esse título é para expressar o quanto eu já me incomodei
com coisas que não tem nada a ver comigo. Eu estava sendo controladora,
julgadora, dona da razão. Eu precisava dizer que não tinha lógica os cabelos soltos.
Sei lá, faltava atenção ao que eu quero da vida.
Refleti sobre o Amor por dentro e por fora, tenho
dificuldade em escrever Amor com a minúsculo, não consigo, parece que não tem o
mesmo peso, a mesma força. Mas voltando ao assunto, eu estava me distanciando do
caminho do Amor.
Estava pronta financeiramente e profissionalmente, porém
estava com o olhar cinza para tudo que me cercava, estava longe do meu coração cristão,
tornei-me invisível ao outro.
Com frequência faço avaliação de desempenho, essas que a
gente faz na empresa e eu adaptei para a minha vida, não tem diário, não tem
escritas, mas é um ritual de antes de dormir fazer uma análise cuidadosa de
como foi o meu dia, em que posso melhorar meus próximos dias.
Passei a não olhar o valor da oferenda e sim o coração de
quem faz, passei a gostar mais de mim, alimentei a minha vida com bondade e
exclui as crenças da felicidade ou infelicidade.
Fiquei o mais confortável possível quando aprendi que não
preciso ter opinião para tudo, que sou responsável pelos meus atos, que posso
ficar imersa na contemplação do céu.
Escolhi algo que faz parte da vida, mas que poucos
utilizam, escolhi o poder da gratidão, catei cada imagem, cada emoção, cada
centro de mim mesma, eu me sentia pronta e pertencente.
Precisei lutar contra todos os meus impulsos e instintos
deturpados para aceitar qualquer tipo de Amor, eu me autorresponsabilizei por tudo
que me acontecia, eu guardei dentro de mim cada aprendizado.
Estilos, tendências, sonhos eram conscientes, nada tirava
a minha paz ou me fizesse questionar Deus, senti-me como poucos vezes sincera
comigo mesma, senti-me existindo e não apenas vivendo, todo o meu sentido
existencial ficou latente.
Nada ambicionando o céu, a recompensa, o prazer imediato.
Evitei destacar o erro dos outros, foquei o pensamento filosófico que busca expor
minhas dúvidas de como eu devo ser.
Virei ativista das boas práticas, muitas vezes me iludi,
parecia que não podia fazer nada sem opinião, ação, expressão, fazer parte da
roda. Aprendi que devo viver o momento presente me concentrando em extrair o
melhor da vida e o melhor de mim.
Arcise Câmara
Imagem: Pinterest
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