Imagem: sandesmeiodesligado.blogspot.com
Eu quero tudo, procuro algo que não
sei bem o que é, nada está tão bom ou do jeito que eu gostaria, não amo meu
trabalho ou a forma que vivo. Já conheceu alguém que muda de opinião a cada instante,
que muda de namorado ou de religião a revelia, que não sabe absolutamente o que
quer e como quer? São pessoas escravas do vazio de seus corações, escravas da
falta de liberdade ou da liberdade deliberada, são impulsivas e inconsequentes,
ficam grávidas na única noite de amor, são cheias de feridas antigas e procuram
o remédio para suas dores internas.
Não sou de dar tapinhas nas costas de
ninguém, não sou muito de agradar por agradar, sou intensa, valorizo contato
físico, mas sei me isolar, cuidar de mim mesma, sigo valores enraizados,
absorvidos, observados e estudados, quantas vezes precisei voltar ao passado
para curar velhas feridas e me recompor, trabalhei muito, foi uma árdua
experiência, cheguei a estudar as origens sacras e profanas.
Nossa mente pode ser nossa inimiga,
precisamos de mentes sadias, de serotonina no cérebro, de euforia com as nossas
escolhas, chega de arapucas, de não se reconhecer como aquela profissional, de
ter raiva de si mesma por não ter nascido em berço de ouro, chega dos excessos
da bebida, de comportamentos perfeccionistas, não nos deformemos, não devemos
nos corromper.
Engasguei e tropecei até descobrir o
que me fazia realmente feliz, o que me dava sede de viver, o que me
impulsionava, os sentidos da minha existência fizeram sentido, deixei a porta
dos fundos da minha vidinha e entrei pela porta da frente, arrumada e de salto.
- Arcise Câmara
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