Imagem: Google
Como tatuagem, padrinhos são pessoas
amadas e escolhidas para participar da vida daquela família, suas conquistas,
para alguns uma atividade inútil que inicia no dia do batismo e morre ali, para
outros uma oportunidade de criar laços e conhecimento mútuo.
Como escolher os padrinhos?
Primeiramente o grau de intimidade, de amizade e de amor que une uma família a
outra, esse é o primeiro passo para que o padrinho não seja ausente, depois trazer
à baila as motivações religiosas comuns, não adianta o padrinho ser superlegal
sem a mesma crença é preciso harmonia no que se busca.
É fácil notar a diferença entre um
bom e um mau padrinho, o relacionamento afilhado/padrinho/madrinha é tudo, deve
ser um sentimento elaborado, uma possibilidade de amor crescente e duradouro,
alguém que você pode contar para o resto da vida. Ser amigo é uma missão.
Porém nossa natureza é desligada,
evitamos profundidade nas relações, estimulamos o convívio, mas ficamos sem
tempo, somos instintivos e nem sempre amorosos, agradecemos e nos lisonjeamos
com o convite, mas não sabemos como agir, queremos ser íntimas sem ser
invasivas, queremos ser interessantes, mas sem ser entrona.
Qual o legado que deixo para meus
afilhados? É a pergunta que não paro de me questionar, que retribuição devo
esperar deles? Alguns afilhados só me procuram quando precisam, só sabem se
estou viva se eu ligo, só mencionam o sentimento de saudade muito próximo de
seu aniversário.
Sou de significados, não preciso de
data especial para ligar, para homenagear, para alegrar com elogios, para
suspirar coisas boas e reviver esperanças, uso tudo como um trampolim, mas não
é simples assim, as opiniões me abalam, o caminho é longo, suado, cansativo, sou
de relacionamentos afetivos profundos, mas nada é tão fácil ou mais fácil por
isso, acho até que complico muito, pois nem sempre os sentimentos estão no ponto
de ebulição.
- Arcise Câmara
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