O amor não tem regras, estava com os
pés atrás, as leis do amor e da liberdade de ir e vir tinham me feito sofrer,
faz parte, todo mundo algum dia já levou um pé na bunda, já gostou de quem não
gosta de nós, já escovou mais os dentes, passou mais minutos no espelho, fez um
dieta, comprou roupas novas mesmo que ele nem notasse, era tudo para ele, a
motivação era ele.
Eu cozinho muito bem, aprendi a
técnica, cozinha lá em casa sempre foi bicho papão, mamãe fazia o trivial, mesmo
tempero para todos os pratos, colorau, pimenta do reino, cebola e alho, nunca havia
experimentado algumas marcas, especiarias então nem pensar, hoje a gente morre
de tanto comer coisas sofisticadas.
Fui eu o tempo todo, multipliquei
meus conceitos de felicidade, atravessei o universo dos sentimentos olhando
para os dois lados e com muita cautela, esperava um amor amigo, um amor
companheiro, um amor que aliviasse as preocupações.
Cada um tinha o seu particular, cada
um amava de um jeito, era Amor eu sentia claramente, prometi amar eternamente,
mas estava além das minhas forças e da minha vontade, não sou doutora no
assunto, mas amor definha, amor entristece, amor não cuidado é um saco de
pancadas.
Refinei meus sentimentos por mim, sem
falsa modéstia amei-me propriamente como jamais tinha amado, era difícil
conversar sobre sentimentos confusos, sentia muito, mas não sabia nada, tinha
muita coisa a ser dita, muitas discursões acaloradas, muito pano pra manga,
vida amorosa pode ser tudo, menos simples e era justamente essa simplicidade
que eu acreditava e buscava.
Entendi o ponto que desisti, sei
exatamente que foi na hostilidade, passamos a nos digladiar, alfinetar,
inquietar. E foi assim...
- Arcise Câmara
Imagem: Google
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