Imagem: Google
Eu sou assim, quando me sinto
ofendida, queria ter respondido, queria ter dito isso ou aquilo, queria ter
revidado com essas palavras não com aquelas que disse, sempre tenho respostas
para tudo, para uma ofensa, para uma calúnia, para um mimimi, sustento a minha
versão dos fatos, custo a desapegar que o outro não falou por mal, não quis
ofender. Mas consigo desvincular de uma forma perspicaz o bom dia, do mau dia.
Todo mundo erra, inclusive nós.
Para mim que tenho respostas para
tudo, posso afirmar que parece que queremos ganhar o tempo todo, queremos ser
ouvidas, compreendidas, aparentemente soa como necessidade de firmar uma
posição, falta às vezes tempo para tentar compreender o outro, perguntar o
porquê da discordância, da agressividade, da ignorância cometida, mas ao
contrário, escondemos nossas perguntas e nos fechamos em rancor.
De nada serve a coragem das respostas
instantâneas, dos conceitos estabelecidos, de tudo fazer sentido, mesmo que só
para você. De nada adianta semear dentro de si, cada detalhe exposto em ritmo
de câmera lenta. Todo ato gera consequências, garanto que ter respostas prontas
traz consequências desagradáveis.
A simples terapia funcionou comigo,
ajudou-me a entender meu lado complicado, a assumir o peso da prepotência, a
deixar os complexos de lado sem destacá-los, a entender o que de fato é
precioso e rico para mim, mas não foi fácil, senti a dor da adaptação, escolhi
perder certas estruturas enraizadas na minha cabeça e finalmente entendi as razões
das coisas.
- Arcise Câmara
Nenhum comentário:
Postar um comentário