sexta-feira, 20 de setembro de 2013

Exercendo a vaidade




                                                                            Imagem: Site Educar pra Crescer

Sou vaidosa, mas não estilo patricinha, não curto unhas pintadas por pura falta de “hormônios comportados” que me deixem sentada uma hora com mãos e pés amarrados, adoro um creminho antirrugas, protetor solar, perfumes e vestidos. Tenho três grandes medos: da morte, de rugas horríveis e de perder os dentes. Não é tanto medo da velhice, não sei bem explicar, o passado que não traz memória, daquele que esquecemos, mas não queremos apagá-lo da nossa vida.
Tenho medo dos velórios que a idade nos presenteia, tenho medo de deixar partir quem amo, tenho medo de só perceber tarde demais que o tempo passou e minha vida nem foi lá grandes coisas, que tive uma vida mesquinha, de economias de amor, de covardia que não se atreve, de distração.
Tenho medo da cegueira, da falta de leitura, tenho medo de que percam a paciência comigo, assim como eu perco com os outros de maneira tão simples, tenho medo de uma futura guerra mundial por causa de água potável e terra fértil, tenho medo de sair desse mundo sem marcar presença, sem amigos que sintam minha falta, tenho medo de deixar textos não lidos, heranças não partilhadas.
Mas chega de negatividade, vou brotar a coragem, amar as pessoas sem me preocupar, frequentar lugares que me emocionam, diminuindo a solidão com bons papos, iniciar aquela corrida prometida há séculos. Fazer bem a mim mesma e aos outros, encontrar-me com pessoas interessantes toda quarta-feira.
Sou sortuda! Não sou cercada de bajuladores, quem está ao meu redor realmente gostam de mim e eu consigo sentir seu carinho, seu amor, eles têm muito a me oferecer e eu também. A minha vaidade é ser simples.
- Arcise Câmara





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