Devemos também aprender a não nos aproximarmos apenas de
pessoas com a mesma vibração que a nossa, a gente é diferente e precisamos nos
complementar com formas diferentes de ver o mundo.
Tem gente que numa discussão, não para enquanto não
machuca a gente, tem gente que nunca quis de fato a nossa felicidade e a gente
precisa agradecer quando essas pessoas se manifestam, porque às vezes a gente é
ansiosa e limitada para perceber relacionamentos superficiais e tóxicos.
Quando as coisas são insustentáveis, cada um deve se
preocupar consigo mesmo, nem todo ser humano é sensível e responsável, é sábio
e interessante.
A gente que vive pelos cantos escrevendo, observa que
existem pessoas que ninguém pode chegar muito perto, são pessoas tóxicas, são
pessoas que têm problemas e não lutam e sim descarregam suas frustrações nos
outros.
Que busca é essa de poder que faz com que algumas pessoas
humilhem e maltratem outras, não podemos jogar fora do nosso barco os problemas
da sociedade que são nossos também.
Chega de frase como não posso, não é possível para mim,
não tenho tempo, não quero me envolver com isso. Tudo é conexão! Uma morte por
imprudência traz várias consequências,
alguém pode passar fome pelo falecimento do provedor.
A gente deve aprender a preencher os nossos vazios sem
ficar em relacionamentos ruins, disfuncionais e a gente pode partilhar experiências
incríveis, com melhoras notáveis. A gente deve ter tempo para descansar e
revigorar a alma.
Pare de tropeçar sempre num circulo vicioso, um amor
sincero e real, pode existir, mas ele não machuca, não constrange, não é sofrido,
tudo deve parecer harmonioso. Aprendi a respeito da raiva e do ressentimento,
dos sentimentos alimentados contra os outros, a gente precisa perceber que se
não é bom, não serve.
Queria me livrar e também me vingar de todos os
relacionamentos ruins que tive, queria me livrar até de mim mesma, pela falta
de pleno domínio de si mesmo, tardiamente, descobri o que não quero repetir.
Tive também que aprender que não tenho controle sobre a
minha própria vida se eu não tiver a consciência aberta para o que me serve,
não nasci para viver em condições terríveis e indignas.
Eu fico tentando olhar minha vida, sem esperar retorno, percebi
que minhas faltas e imperfeições eram insignificantes diante do tanto de
sofrimento que eu estava vivendo na justificativa que o outro não tem culpa,
que a culpa é do passado e da criação.
Não posso elaborar minhas próprias experiências, passando
pano para a não maturidade do outro, achando que a culpa é do passado ou do
universo, se as pessoas não são melhores a cada dia, isso significa que elas
querem desculpas para maltratar os demais.
Arcise Câmara
Imagem: pinterest
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