Sou de sonhos, instituições, de juízo
prudente, de ingenuidade contagiante e crendices repetitivas, sou vítima de
deboches e perceptiva, tenho uma atmosfera diferente, fundamental para mim é
agir com o coração.
Estava bastante desconfortável com as
questões internas, o sol estava a pino, mas o que incomodava não era o calor, o
que me afligia era ter que frequentar lugares com muita gente e que não me
agradava.
A minha paciência foi testada no
limite, por anos fiquei na dúvida entre ser e agradar, ao longo dos anos fixei
meus objetivos nos outros, admirava algumas pessoas que acreditavam em Deus, mesmo
não tendo o hábito de rezar.
Acho necessário que cada um reze por
si mesmo, esse negócio de pedir oração era coisa de gente preguiçosa, acomodada.
Muitas pessoas não sentem a presença divina e não possuem intimidade com o
celeste.
Pensei que estivesse com medo da
morte o que seria natural, aliás eu não me cuidava há um tempão, eu sempre
soube que fé sozinha não basta, humanamente já fiz tudo que estava ao meu
alcance para atingir a serenidade necessária.
Rezava com o coração, com o tempo
nada significava, as bênçãos eram gratuitas para todos que o amam, analisando
friamente a situação, constata-se um verdadeiro absurdo, algo injusto e fora de
propósito.
O problema é compreender a resposta
que vem de cima sem misturar com nossos desejos e ambições, tinha urgência em
encontrar uma solução para acalentar meu coração.
No mundo em que habitamos, não há
coincidências, acasos, esmorecer faz parte, o presente da vida são as coisas
simples, que acontecem no dia a dia, o dia bonito, o verão carioca, o mar
calminho.
Apesar de ainda ser cedo, o calor
estava muito intenso, eu só falo de sol, já notaram? Assim como falo sobre
intuição, situações dificílimas que nos causam muita dor e chocalham nossa fé
ou coisas que nos fazem fugir da rotina e nos elevam na busca de nós mesmos.
Arcise Câmara
Nenhum comentário:
Postar um comentário