quinta-feira, 15 de dezembro de 2016

Decidimos nos casar


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Uma recepção preparada por nós.
Nos encontramos nas redes de relacionamentos, depois de alguns minutos de conversa, um beijo na boca, e muita felicidade ele falou que teria que voltar para sua terra natal, estava de passeio.
O desejo de ir junto foi imediato.
Mas faltava nos conhecer melhor, não podia me jogar de cabeça como nas outras vezes, julguei a nossa relação como superficial e parcial.
Conviver com ele foi benéfico, sem obrigações, foi simplesmente uma bonita história pra contar. Não contávamos com a saudade, com as mãos frias de nervoso e com o frio na garganta.
O nosso coração estava sereno, com cada coisa em seu lugar, o tédio ficou distante, a vida ganhou outro sentido, éramos nós e mais ninguém, parecia que todo o resto era figuração.
O churrasco em família no qual fui obrigada a comparecer com aquela sensação de todo mundo te olhando, todo mundo discutindo teorias de que você tem dois filhos e que você tem uma relação pacifica e cordial com seu ex-marido.
Com o tempo fui ficando seletiva e eu comecei a reconhecer as pessoas que merecem fazer parte da sua vida e as que merecem pular fora.
Gostei de primeira daquela cara redonda e risonha, daquela sensibilidade de homem moderno, do destrinchar dos papos. Há um motivo para tudo que acontece na vida eu acreditava nisso.
A temperatura só aumentava entre nós, era um fogo sem chamas, os pensamentos pareciam reflexos de nossas almas unidas, resolvemos entrar num projeto de vida inteira: o casamento.
Não basta sonhar com as coisas que desejamos, é preciso agir, fazer acontecer, é preciso estar preparada, ficar alegre com o bem do outro, este mesmo bem já lhe pertence. Entendi o amor que ele sente por mim e compreendi que não precisava prolongar a felicidade, ao pensar nisso fui chamada de doida por Deus e o Mundo, mas eu tinha certeza, eu tenho certeza e o que faço com essa certeza? Ponho no bolso e espero esfriar?
Não sei se quero continuar solteira nesse mundo porque estou agindo com o coração, sempre fui uma pessoa bastante solitária, alguns filmes foram espirados em mim, na minha descrença em casa, na minha autoestima pequena, vazia.
Uma dose de normalidade nesse momento ia bem, mas e ele? Eu tenho toda uma carência afetiva, tenho dois filhos para sustentar, tenho um turbilhão de mágoas referente a casamentos e ele? Ele tem as circunstâncias, o foco e os detalhes de querer eternizar logo nossa união, ele quer logo mais.
Eu não seria capaz de deixa-lo ir, eu vou com ele na certeza que mais felicidades me espera.
Arcise Câmara


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