sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

Homens de poder


Tudo muito proposital, os outros estão hierarquicamente em patamar inferior, nada abala as estruturas de um homem de poder, os escândalos são abafado, os desejos satisfeitos, remodelamos as leis, forçamos o silêncio. 

Tudo dura muito, existe a percepção, mas há descrédito, basta poucos segundos para entender o sistema, a vida inteira é pouco para tamanha compreensão. Jogos, influências, paradigmas sociais, a ilusão de conseguir TUDO com pouco esforço. 

Um pouco de diversão nos parques da cidade para a população, é perigoso esquecer de vez o povo. Como sou boba! Ainda confio em políticos, ainda tenho esperanças, não perco a fé diante dos absurdos da vida. 

Há coisas que me repugna tanto, farejo a situação de perto, com sabedoria de que as coisas estão erradas, que precisa retomar o roteiro, mesmo que 90% dos beneficiários ainda se encontrem na ingenuidade não criteriosa. 

As verdades são ditas, mas há quem assume o risco de ser honesto por si e pelo bem comum, há quem defenda pontos de vistas coletivos e não de apenas um grupo seleto, há quem emocionalmente mente sem levantar suspeitas, estamos às claras do mensalão, dos predadores da corrupção, das não qualidades de políticos que se enlamearam na desonestidade.  Às vezes a vida dá errado! 

Dedico-me a pesquisar a vida regressa dos candidatos, continuo batendo em portas erradas, desnorteada por ter votado iludida e desatenta, na promessa de que dessa vez ia ser diferente. 

Comunguei de experiências em mesas redondas, senti-me plena no exercício do voto porém aprisionada na sensação do que eu deveria fazer.  Nos tornamos exigentes e perfeccionistas principalmente quando estamos insatisfeitos, desejamos mais cultura, que a comunidade tenha voz, um mundo unido e fraterno. Havia dissonâncias rotineiras, faltava tranquilidade, a voz clamava por mudança. 

Era preciso fazer alguma coisa, consolar os menos favorecidos, exigir boas práticas, cutucar quem nos representa, partir para as cobranças e prestações de contas. Transparência é a palavra de ordem. 

Nada de se sentir indefeso ou de mãos atadas, nada de pessimismo do “sempre foi assim”, nada de se sentir perdida e com custos elevados para qualidade de vida mínima. É tempo de mudança. 

Como sugestão evite o to-ma-lá-da-cá, vingança não é liberdade, não se bate de frente com o rochedo. Depredar patrimônio público, incendiar ônibus, furtar lojas significa piorar a situação, significa se igualar aos piores. É possível as mudanças sem agressões, ficar no seu lugar sem badernar, não deixar de votar, não trocar votos por favores pessoais. Não posso, não devo, não é certo deve ser o lema da faxina visando melhorias. Somos partes interessadas, devemos aprender o sentimento patriótico desde cedo, coisas que deveríamos aprender a honrar a coletividade. 

Temos visão aguçada quando é o outro, mas nós somos corruptos quando somos imprudentes no trânsito não respeitando suas leis, atacamos por qualquer coisa e falamos sem pensar, ficamos calados quando não deveríamos, mas falar não significa brigar. 

Às vezes dentro de nós salta a voz da razão, a fada madrinha da certeza, a paciência reduz, tudo é lenda do certo e errado, eu certa e você, errado. Todas as circunstâncias é para dizer que nada presta, que o país está do jeito que está não é à toa, que falta mais caras pintadas, falta mais peito de fora, falta mais palavras de ordem, falta escutas telefônicas, emboscadas políticas, reputação e zelo pelo seu maior patrimônio. Seu nome. 

Destravei-me mentalmente e resolvi investir na minha educação, seres pensantes igual a decisões mais sábias e com paciência primeiro mudo meu próprio mundo e assim contribuo com a mudança que eu quero ver. 

- Arcise Câmara

- Crédito de Imagem: mybook10.blogspot.com

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