Tudo muito proposital, os outros estão
hierarquicamente em patamar inferior, nada abala as estruturas de um homem de
poder, os escândalos são abafado, os desejos satisfeitos, remodelamos as leis,
forçamos o silêncio.
Tudo dura muito, existe a percepção, mas há
descrédito, basta poucos segundos para entender o sistema, a vida inteira é
pouco para tamanha compreensão. Jogos, influências, paradigmas sociais, a
ilusão de conseguir TUDO com pouco esforço.
Um pouco de diversão nos parques da cidade
para a população, é perigoso esquecer de vez o povo. Como sou boba! Ainda
confio em políticos, ainda tenho esperanças, não perco a fé diante dos absurdos da vida.
Há coisas que me repugna tanto, farejo a
situação de perto, com sabedoria de que as coisas estão erradas, que precisa
retomar o roteiro, mesmo que 90% dos beneficiários ainda se encontrem na
ingenuidade não criteriosa.
As verdades são ditas, mas há quem assume o
risco de ser honesto por si e pelo bem comum, há quem defenda pontos de vistas
coletivos e não de apenas um grupo seleto, há quem emocionalmente mente sem
levantar suspeitas, estamos às claras do mensalão, dos predadores da corrupção,
das não qualidades de políticos que se enlamearam na desonestidade. Às vezes a vida dá errado!
Dedico-me a pesquisar a vida regressa dos
candidatos, continuo batendo em portas erradas, desnorteada por ter votado
iludida e desatenta, na promessa de que dessa vez ia ser diferente.
Comunguei de experiências em mesas redondas,
senti-me plena no exercício do voto porém aprisionada na sensação do que eu
deveria fazer. Nos tornamos exigentes e
perfeccionistas principalmente quando estamos insatisfeitos, desejamos mais
cultura, que a comunidade tenha voz, um mundo unido e fraterno. Havia dissonâncias
rotineiras, faltava tranquilidade, a voz clamava por mudança.
Era preciso fazer alguma coisa, consolar os
menos favorecidos, exigir boas práticas, cutucar quem nos representa, partir
para as cobranças e prestações de contas. Transparência é a palavra de ordem.
Nada de se sentir indefeso ou de mãos atadas,
nada de pessimismo do “sempre foi assim”, nada de se sentir perdida e com
custos elevados para qualidade de vida mínima. É tempo de mudança.
Como sugestão evite o to-ma-lá-da-cá,
vingança não é liberdade, não se bate de frente com o rochedo. Depredar
patrimônio público, incendiar ônibus, furtar lojas significa piorar a situação,
significa se igualar aos piores. É possível as mudanças sem agressões, ficar no
seu lugar sem badernar, não deixar de votar, não trocar votos por favores
pessoais. Não posso, não devo, não é certo deve ser o lema da faxina visando
melhorias. Somos partes interessadas, devemos aprender o sentimento patriótico
desde cedo, coisas que deveríamos aprender a honrar a coletividade.
Temos visão aguçada quando é o outro, mas nós
somos corruptos quando somos imprudentes no trânsito não respeitando suas leis,
atacamos por qualquer coisa e falamos sem pensar, ficamos calados quando não
deveríamos, mas falar não significa brigar.
Às vezes dentro de nós salta a voz da razão,
a fada madrinha da certeza, a paciência reduz, tudo é lenda do certo e errado,
eu certa e você, errado. Todas as circunstâncias é para dizer que nada presta,
que o país está do jeito que está não é à toa, que falta mais caras pintadas,
falta mais peito de fora, falta mais palavras de ordem, falta escutas
telefônicas, emboscadas políticas, reputação e zelo pelo seu maior patrimônio.
Seu nome.
Destravei-me mentalmente e resolvi investir
na minha educação, seres pensantes igual a decisões mais sábias e com paciência
primeiro mudo meu próprio mundo e assim contribuo com a mudança que eu quero
ver.
- Arcise Câmara
- Crédito de Imagem: mybook10.blogspot.com
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