sábado, 1 de junho de 2013

Fui reduzida a cinzas



Eu me transformei, também, se passaram muitos anos e minha mentalidade felizmente estava evoluindo, cansei de ser a coitadinha, a vítima das circunstâncias, a infeliz, a briguenta e a pessoa que absorvia todos os casos ruins que aceleravam sua vida rumo ao abismo.
Doeu! Não se espera inveja de amigos, não se espera de ninguém esse sentimento tão mesquinho, nem de professores, nem de pessoas próximas, mas infelizmente esse traste de sentimento existe, destrói nossa vida e estão no nosso meio.
Estive equilibrada por um fio, estava a serviço de mim mesma, tentei ficar de pé sem tombar. Foi propício essa auto-reflexão de que eu era responsável por meu estado físico e mental, aliás a única responsável. Passei por vários estágios, o estágio de sussurrar para mim mesma que precisava vencer o desânimo, o estágio de gemer por qualquer obstáculo e ser a Sra. Reclamona, muito, prazer! O estágio da inércia e o estágio que eu me arrastava de um lado para o outro.
Eu me afundei nos excessos, no excesso de sono, no excesso de comida, no excesso de festas, no excesso de relacionamentos prejudiciais, errados, imaturos, também por minha culpa.
Recuei e dei a volta por cima, precisava me salvar, ninguém faria isso por mim, precisava ter as astúcia de Chapolin Colorado, precisava abraçar o tempo a fim de me recompor, precisava esperar a hora certa para planejar tudo tim-tim por tim-tim. Precisava mudar, comecei externamente, cortando o cabelo, desenhando as sobrancelhas, colocando um pó de arroz no rosto, depois comecei o trabalho interno, o mais trabalhoso e demorado, evitando não julgar, evitando que os outros me deixassem infeliz, evitando coisas que não me agradam.
Mu-dei!
- Arcise Câmara

Nenhum comentário:

Postar um comentário