Opas, me empolguei! Quanto mais eu trabalhava
mais eu chegava a conclusões grandiosas de que trabalhar me faz feliz. Nada
precisa ser resolvido de imediato, mas eu gosto de fazer rápido e bem feito.
Há tanto bem no pior de nós e tanto mal no
melhor de nós que não nos cabe julgar. A nossa maior alegria é nossa capacidade
de escolher o bem, a confiança em nós mesmos, o autocontrole e o sorriso largo.
Tornei descartáveis o medo de amar, namorei
outras pessoas antes de você aparecer. Nosso relacionamento tinha uma energia e
uma paixão. Não era fácil entendê-lo. Minha tarefa no plano físico é aprender e
perceber as fugas existentes na minha vida. Foi um passo de cada vez.
Meu amor estava ocupado demais sendo gordo,
careca e casado, num jogo de palavras, fazia bem o seu destino. Poderia
continuar a me visitar a noite, mas com menos frequência, mesmo com energia
latente.
Marquei uma massagem para todas as noites às
19h. Ouvia diariamente frases provocativas sobre a dificuldades para ter
filhos, não era problemas biológicos e sim a expressão de não querer nenhum.
Algumas áreas de nossas vidas são boas,
quando outras desmoronam. Vamos embora fazer coisas diferentes, pensava eu,
vamos ter paciência para aguentar aquilo que o universo nos dá.
Muitos não possuem um filtro emocional, eu
estava nessa estatística, uma estranha no ninho, uma vontade louca de nunca
voltar para casa. Tomei para mim a responsabilidade de cuidar de mim mesma.
Frases curtas, grossas e cheia de palavrões
era o que me cercava. Algo começou as mudar em mim quando percebi o que de fato
mereço. O peso da verdade esmagou meus ombros. Converso com toda gente, falo
com quem está próximo a mim, independente de conhecer ou não. Algumas vezes, me
tornei amiga da vida.
Alguns dizem que tenho a habilidade de manipular
os homens e manter-me no poder, mas na verdade sou a favor da harmonia nas
relações humanas, quero me conduzir pelos sentimentos e emoções.
A mulher mais feliz do mundo é a que ama e
que foge de pretendentes e relacionamentos que nada agregam, não adianta se unir
numa única causa comum, tem que ter pelo menos muitas afinidades sociais,
intelectuais, propósitos ou então é melhor ficar workaholic.
Arcise Câmara
Imagem: Intentus
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