Espalhe essa ideia, a vida já é tão dificultosa para eles
e você ainda insiste em magoá-los, os seus “só cinco minutinhos” causam uma
tremenda dor de cabeça. Você não pode querer atitudes iguais com desiguais.
Somos idênticos na essência, podemos até pensar devagar
em alguns casos ou não estar com o sistema neurológico em ordem, mas por favor,
não agrida nossos direitos.
O mundo não é de fachada, de nada adianta seu ativismo
nas redes sociais, se na prática nada funciona. Procure tratar melhor cada
pessoa que encontra, seja ela quem for, ninguém perde por dar amor e confiança.
O mundo não gravita em torno de si, o universo não é casa
da sogra, não estou pedindo para você ter atitudes impecáveis, estou pedindo
apenas para você começar a praticar a justiça.
Talvez a sua maturidade emocional só aconteça quando alguém da sua família for um portador de
necessidades especiais, talvez você só consiga ser ativista em causa própria.
Além de todos os transtornos, alguns ainda sentem
solidão, a solidão de poucos amigos, a solidão de não se encaixar nas calçadas
livremente, ser barrado por portas estreitas, enfim...
Nada nos autoriza a escolher o caminho da passividade,
nada justifica que sejamos peso para o outro, nada nos impede de colocar riso
onde já brotou mágoa e sofrimento.
Vamos amar por primeiro, a gente perde quando não pratica
a empatia, a gente precisa assumir esse compromisso com a vida, exercer a
cidadania sem tropeços, sem altos e baixos.
Tem tão pouco a ver com a nossa personalidade, tem tão
pouco a ver com ser tímido ou antissocial, ou medo de tocar e machucar, se esse
medo existe, a gente pergunta.
A única certeza é aquela que damos a nós mesmos, então
sem desculpas e com o lema do altruísmo a gente se compromete a ver com o olhar
do outro, a sentir com o coração do outro e a amar com a nossa máxima
capacidade.
Arcise Câmara
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