sábado, 14 de julho de 2012

2 Anos da Lei do Divórcio


Um avanço para os tempos atuais, para os relacionamentos errados, descartáveis, instáveis, individualistas. 2 anos para você desfazer suas escolhas erradas e admitir que sua vida é melhor longe do “amado”, do “eterno”.
Não há culpados, não precisa ter motivo a não ser o mínimo “NÃO QUERO MAIS”.
Paga-se taxas, entra-se em acordo, não precisa de testemunhas, tudo preto  no branco com os gastos cartoriais, aliás, descasar é muito mais fácil e menos dispendioso do que casar, o único prejuízo é o emocional e a vergonha de ser atendida por 2 tabeliães despreparados que estão ali para julgar, rir pelo tempo que passaste junto numa relação desigual, se você é “velho” sofre o preconceito de começar  afetivamente do zero depois dos 60, se você é “novo” a incerteza de imaturidade, se você tem filhos, a herança de filhos problemáticos de família desestruturada. Sem contar que sempre que o casamento se desfaz você precisa responder 1 zilhão de vezes que não foi traição, não que saibas, ou que aquela vagabunda tomou seu marido (porque é sempre a mulher que toma, mesmo sendo o homem que tenha feito promessas de fidelidade e respeito). As leis avançam, mas não na mesma velocidade da evolução humana do não preconceito, do não julgamento. Há vontade de dizer: Faça seu trabalho sem se preocupar com a minha vida, pois nem te conheço e não vim atrás de psicólogos, ativistas ou tementes a Deus, vim aqui em busca de libertação, de paz interior e para seguir a minha vida adiante sem precisar de alvarás de soltura ou de conselhos para seguir o senso comum do felizes para sempre. Também não vim para explicar que divórcio não é merecimento, que você não está pagando pelos seus erros e talvez o único erro tenha sido em confiar, amar e se dedicar unilateralmente.
A facilidade pode causar estranhezas nos indecisos que pós-divórcios resolvem casar e pasmem, com a mesma mulher. Ou os recomeços e finalizações de relacionamentos como quem troca de roupa. Hoje caso, amanhã descaso e depois de amanhã caso novamente.
A vida ficou simples e ao mesmo tempo complicada, são muitas informações, muitos botões, muitas novidades, quero o mundo e não sei por onde começar, quero a liberdade e sinto falta de dormir de conchinha, quero o casamento sem as chatices da convivência, quero ter vida de solteiro, estando casado.
É preciso maturidade para não banalizar o casamento ou fazer sofrer quem só espera ser e fazer feliz!

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