Infância Feliz

Doces. Chocolates. Jujubas. Brincadeiras. Sorriso fácil. Joelho ralado. 36 pontos no calcanhar, 7 na mão direita. Muito riso. Palhaço. Papai Noel. Deitada no sofá assistindo Xou da Xuxa, Turma do Balão Mágico. Amigos imaginários. Falar sozinha. Brincar de Bonecas, skate, bolinhas de gude. Fitar o vazio. Pensar longe, muito looooonge. Inquieta. Desobediente. Cheiro. Roçar a boca e a orelha. Chupar dedo. Ficar calada. Ficar triste. Ficar feliz. Não ter preocupações. Aproveitar, mesmo sem saber, muito a vida. Não ter relacionamentos para terminar nem encontrar ninguém complicado pelo caminho. Não amar ninguém e amar todo mundo ao mesmo tempo. Não arquitetar o que você precisa fazer para relacionamentos durarem. Não precisar fazer acordos com as pessoas que te feriram ou te decepcionaram, tudo se resolve depois do choro, depois de um banho, depois de um gesso. Profunda ligação com amigos e vizinhos. Não ter infância trancada em casa, curtindo vídeo-game e computador. Infância de correr, de pular, de trepar em árvores, de cantar, de dançar...