Pessoas me
inspiram, principalmente as que possuem vidas profundas e jamais superficiais.
Aprendi que casar
importa, ter casa importa, ter dinheiro importa, ter bens e patrimônios importam,
também aprendi que importa a ética, a vida, a consciência, a natureza, a
espiritualidade e o amor.
Sempre tinha
pessoas comigo nos momentos certos e incertos, sempre fui cuidada de uma forma
que até duvidei merecer, sempre senti a presença do amor em minha volta e
sempre observei os pequenos milagres da saúde, do trabalho, do teto, dos amigos
e familiares.
Fiz escolhas inconscientes
que me trouxe consequências que me acompanharão por toda a minha existência,
errei e acertei, fiquei presa aos erros e só liguei para as conquistas em
poucos dias de euforia, depois passou e vida que segue.
Tive várias
sensações que eu estava no caminho certo, mesmo quando estava no caminho
errado, uma intuição sem sintonia, uma vontade de fazer as coisas darem certo
quando as exigências e as estatísticas me provavam o contrário.
Prefiro a
verdade por mais que doa, vida com mentira e de aparências é vida sem sentido. Que
fundamento tem ser feliz para a vizinhança e ser infeliz pra si mesma?
Sempre que o
vazio se instalava eu me concentrava em fazer o bem, ver a fundo a dor do outro
aliviava a minha, ver para crer o quanto sou privilegiada e que eu posso
melhorar um pouquinho a vida de quem está ao meu redor, o meu coração ainda
cabia o outro e assim fui colorindo meus dias.
Muitas vezes
estagnei no caminho, vivi de trocas, uma vida sem propósito, até que me
questionei o que estava fazendo aqui, porque eu tinha ganho 50, 70 ou 90 anos
nesta vida? Onde estava a minha essência?
Quando mudei de
setor, achei que eu tinha nascido para aquilo, podia mudar a vida financeira de
muita gente, eu era a única que fazia por mim, não fazia pelo outro, fazia
porque era o certo, dai a César o que é de César, mas ao mesmo tempo recebia
muitas dicas de beleza, sucesso e felicidade, as pessoas olhavam só o aspecto
físico e material e isso era todo santo dia, e eu como boa questionadora
comecei a rechaçar.
Fiquei perdida,
sabia que muitas coisas me pertencem porque nasci assim, não é a ideia de que
não posso mudar, longe disso, é a ideia que nasci com a pulga atrás da orelha,
eu preciso me convencer do que o outro está dizendo, questionar, analisar,
entender e seguir um dos caminhos: praticar as ideias ou descartá-las.
Sou um pouco
desapegada, o dinheiro me faz comprar coisas que gosto, faz eu me sentir segura
e jamais me afastou de ver o mundo de forma simplista e prática.
Sempre achei que
o futuro ia ser diferente, que todos nós íamos passar por situações-limites e
nos tornaríamos automaticamente pessoas melhores, que seríamos fiéis aos nossos
princípios e que enfrentaríamos todos os desafios.
A vida me
chamava para agir, mas a vida não é igual pra todo mundo, alguns tem emoções
conflitantes, outros, não sabem lidar com a dor, outros acham que vale tudo por
algo que acreditam.
Conquistei saúde
física, mental, espiritual e sono tranquilo, conquistei paz e amor-próprio,
conquistei autoconhecimento e plenitude e estou sendo feliz com as pessoas e os
exemplos que decidi acreditar e viver.
Arcise Câmara
Imagem: Medium
Nenhum comentário:
Postar um comentário