Não gosto de me sentir aprisionada, nem que seja nas pequenas coisas. Exemplo: a obrigação dar carona para uma pessoa que sempre se atrasa ou ainda aguardar chegar alguém que não chega, a pessoa fura e não avisa.
Não é legal se sentir na obrigação de fazer coisas que você não quer só porque é mãe do seu marido, uma tia solitária ou a vizinha de porta, ou pior, fazer ou deixar de fazer por temer o que os outros vão pensar ou dizer.
É triste se sentir prisioneira das obrigações ou ainda se sentir obrigada a si aprisionar para não ficar mal na foto.
É espinhoso fazer o que não está a fim, ter como diversão dominical o almoço na casa da sogra, ir a eventos que você não curte para acompanhar maridex, casar naquela igreja que você não acredita, usar roupas em que não nos encaixamos, trabalhar no que não gostamos, malhar sem vontade e sem prazer, aguentar desaforos sem razão,
E não adianta virem com a filosofia de que não preciso fazer nada que não esteja a fim, ledo engano, muitas e muitas vezes é necessário, engolir sapos, puxar carroças, fazer trabalhos ingratos ou coisa do gênero, às vezes é questão de amor, ou sobrevivência.
A vida se compara a um funeral, ninguém gosta ou quer ir, mas às vezes é inevitável.
- Arcise Câmara
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