terça-feira, 12 de março de 2013

Amor, por onde andas?


Para os curiosos de plantão informo que não estou fugindo do amor ou das pressões do relacionamento, suas alegrias e tristezas, seus encantos e desencantos, apenas ando seletiva, muito seletiva. Estou com olhos de tandera, não que eu queira perfeição, isso não! Quero compatibilidade porque já descobri que não consigo amar incondicionalmente, não consigo amar um infiel, um homem que apronta todas, um grosseiro, um homem que acha que poderá levar uma empregada para casa, um homem que não compartilha ou que não entende a grandeza do fazer o outro feliz.

Li outro dia um ditado até então desconhecido por mim que diz: quando o aluno está pronto, o mestre aparece.  Falta eu estar pronta. Falta eu encontrar alguém com defeitos suportáveis e que ele ache os meus defeitos suportáveis também. Falta encontrar alguém que não tente transformar a mim mesma em alguém que não sou e nem poderia ser.

É difícil raciocinar quando as coisas ficam enredadas e assustadoras nos relacionamentos amorosos, as pessoas receiam que o fim está próximo, mais isso não é verdade. O fim só está próximo quando um dos dois ou os dois desistem, esse sim é o ponto final. Altos e baixos toda relação tem, vontade de desistir passa pela cabeça de inúmeros casais, conheço casais-modelos que já passaram pela superação do resgate de um casamento quase falido, não por falta de amor, mas pela dormência em se doar como a relação exige.

Sempre sinto vontade de sacudir pessoas até que se arrependam e prometam nunca mais contar mentiras, nunca mais ser infiéis, nunca mais brincar com os sentimentos alheios, ou pior, viver aventuras desnecessárias e colocar a família e o amor em xeque.

Conheço 99,9% de homens que se arrependeram ao perderem suas esposas, sim porque nem todo mundo aguenta tamanho desrespeito, nem todo mundo tem a mesma medida do perdão e nem todo mundo consegue manter a situação sem abalar os alicerces e a raiz, mas na hora do vamos ver, ficaram anestesiados, não sentiram nem remorsos, aliás a culpa dividida para ambos é um bálsamo suave para o infiel, imagina só: o casamento estava ruim para os dois, a rotina abraçou os dois, o tédio tomou conta dos dois e na hora que somente um resolve ser infiel a culpa recai sobre os dois, aliás você deve ter feito alguma coisa que motivou isso, eu choro com isso. Entristeço-me em saber que muitos de nós prefere o diálogo a traição, prefere  cair nos braços do primeiro amante que aparece a ajuda profissional e ainda leva a metade da culpa por isso.
- Arcise Câmara

Nenhum comentário:

Postar um comentário