sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

Fragilidades...



Nosso coração é frágil, sangra, perde a energia e a força de vontade para certas atitudes, minha real natureza é me iludir, acreditar sempre no lado bom do outro, no lado altruísta, no lado sincero, carinhoso, leal, me doar, me entregar, me envolver com palavras e encantos, amar sem medidas ou seria amar de maneira errada, não gosto de jogos de faz de conta, não gosto de fingir ser o que não sou, não sou adepta a teatros da vida real, holofotes e às vezes me surpreendo com predadores, monstros disfarçados de bom moço, pessoas que mentem olhando nos olhos.
Apesar de ter uma intuição aguçada da vida, reconheço que me deixo dominar por risos, afagos, chamegos, bom cheiro.
Eu muitas vezes me permito devastar meus sonhos, assassinar esperanças, vincular desejo com bons relacionamentos, projetar o bom, criar relacionamentos fantasiosos, irreais.
Sou nutrida por sentimentos ingênuos acerca das coisas, das pessoas. As coisas não são tão boas quanto parecem, as pessoas tão lindas e bondosas quanto pintam, o ser humano virou doutor em mentiras, em meias verdades, em não ser o que aparenta ser. Mundo louco, conturbado, confuso. Queremos ser pessoas do bem sem sair da nossa zona de conforto, queremos ser perfeitos num mundo imperfeito, queremos ser caridosos pregando e não agindo, queremos exigir do outro aquilo que nem nós mesmas estamos dispostas a fazer e a vida nos sobrecarrega de frustrações e raivas e a vida fica cinza, sem cor, sem brilho porque o meu lado frágil só quer se lamentar e o meu lado forte fica adormecido. O meu lado julgador atira pedras e o meu lado apaziguador analisa com a frieza de um advogado do diabo. Hoje eu chuto o balde de mim mesma. Sem culpa!

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