Moda

Eu nunca fui ritualística por seguir moda (mentira!), já segui moda aos montes, já usei saia balonê, boca de sino, pantalonas, hippie, olho grego, patuás, oncinhas, relógio cebolão, vaquinhas, cintura baixa, pulseiras swarovski, a moda do lacinho, das ombreiras, das mangas fofoletes, já usei batom vermelho mesmo minha boca tendo sido multiplicada por 3, mas ultimamente ando tão por fora, mas tão por fora que nem sei. As modas passam e eu não observo, perdi o bonde da moda da roupas e acessórios em forma de bigode, passou batido a moda das caveiras, a moda dos max colares e a moda com cores neon. Perdi o compasso nas roupas restart. Estou mais clássica, mais senhora, mais quieta em cores e flores. Eu me aquietei, cansei de seguir padrões, na verdade cansei de padrões faz tempo, cansei de ter que mudar de roupas a cada novidade porque aquela calça virou brega e aquela cor tornou-se cafona. Odeio convenções, acho um tédio ter que ficar se adequando em detrimento da mídia, dos catálogos, dos desfiles. Não importa se é extravagante, se usas apenas o preto, o clássico, o moderno ou o que der na telha. As modas vão, passeiam logo ali e depois voltam e assim aconteceu com os relógios que trocam pulseiras, as pérolas, as cores claras, as unhas coloridérrimas, são as repaginadas da vida, é o processo de voltar atrás, repensar, remodelar ideias, hoje isso não me serve, mas amanhã quem sabe, e, sempre é bom deixar uma porta aberta, um espaço no armário, um truque de maquiagem para ser usado na moda da vida, onde o que vale é ser você mesmo, onde o que vale é se sentir bem consigo mesmo.