Despedidas

No sábado, dia 22 comemoramos a formatura da Célia e o bota-fora do Juan e Sthéfano, foi muito legal, os amigos vieram, conversamos, comemos e eu me senti meio fora de órbita com a certeza da despedida. No dia 23, foi dia de chororô, a primogênita longe, a preferida de minha mãe, a Tita, Mizita, Mizitinha e Nega linda alçando outros voos, em busca de novos projetos e da felicidade, enquanto isso, eu aproveitei 1 mês e meio de casa cheia, de compartilhar a cama com um chutador oficial e com a minha tendências a hematomas ganhei vários roxos de presente. Foram dias de muitas diversões e paparicos, boliche, aniversários, teatro e vídeo game, foram muitos nhem-nhem-nhem e também chateações. Minha rede foi devolvida só agora, a tv ficou desativada para a madrinha, eu perdi a moral na minha própria casa, eu não mandava em mais nada, escolhiam tudo, até o canal da tv, mas foram dias incríveis que nos divertimos muito. Muitas vezes me senti a madrasta, aquela que manda daqui e a mãe manda de lá e claro, os meninos acatavam a ordem mais interessante para eles. 3 adultos no boliche e eu querendo me livrar da conta, eis que lanço o desafio, quem perder paga, e olha a perdedora aqui, perder para o Sthéfano eu já estou acostumada, mas perder para uma principiante Aliny foi demais.
Na madrugada do aniversário de Jesus o aniversariante ficou um pouco de lado porque eu estava concentrada na despedida oficial dos meninos e eu não cansei de mentalizar a felicidade deles, que Curitiba seja o caminho da paz, do amor e das conquistas, que Curitiba seja de sonhos e realizações e muitas, muitas e muitas felicidades. Segundo o Juan eu estava com a "Síndrome da Solitária" com a ladainha constante de "aconteça o que acontecer eu sempre vou amar vocês e vocês sempre podem contar comigo", acho que repeti essa frase umas mil vezes. Voltando para casa, me senti com a "Síndrome do Ninho Vazio", faltava alegria e bagunça aqui em casa, faltava briga para forçar as dormidas, faltava o paparico na Tiffany, faltava cor e alma nesse apartamento. Dormi chorando e conversei um pouquinho com o aniversariante antes de dormir. Mais um ano que fujo dos shoppings e das compras, mais um ano que deixei de lado o capitalismo para realmente me focar no verdadeiro sentido do natal, mais um ano em que decido que não preciso de roupas e presentes novos e que o que de fato eu preciso é dar de presente Jesus a todos os meus amigos e por onde eu passar, dar Jesus através de apoio, dar Jesus através do meu tempo, meu abraço, meu sorriso, dar Jesus em forma de bondade e amizade, dar de presente o presente mais valioso de todos, Jesus. Dar o presente mais caro de todos, levando onde eu puder. Que neste Natal eu possa renascer o Cristo dentro de mim e levá-lo as pessoas que eu mais amo e que me rodeiam. Feliz Natal!!