Imagem: Google
É sempre difícil admitir que não se pode confiar na própria família, que
a sua família é competitiva, briguenta, desunida. Que você precisa seguir em
frente sem lembrar que tem pai, mãe, irmãos. Sobreviver acreditando que as
coisas vão melhorar, que o amanhã será melhor que o ontem.
O Pai é um homem cansado, desiludido, com 50 e poucos anos, poucos fios
grisalhos e desprovido de compaixão. A mãe distante e ausente, uma interesseira
que só aparece quando precisa. Os irmãos, pior do que o Coringa.
Infelizmente há muitas vítimas de famílias problemas e muito julgamento
em cima disso, é como se ser Pai ou Mãe desse alguma comprovação de boa índole
ou de ser humano politicamente correto. As notícias mostram reportagens
alarmantes de estuprados oriundo dos próprios país (7 em cada 10 estupros vem
do pai ou padrasto, às vezes do pai, conivente com a mãe), mulheres espancadas
pelo maridos, outras forçadas à prostituição e ao uso de drogas ainda na
adolescência, muitas delas não tiveram a oportunidade de ter uma vida normal,
civilizada com pai e mãe e irmãos unidos e que se amam como eu e você, ou com
um marido gente boa que não se sente seu dono e proprietário.
São situações tão irreais que faz com que as vítimas percam suas
identidades, sejam omissas e submissas, incorporem tais atos como normalidade.
Eu sou super a favor de manter distância daquilo que nos faz mal e sou
super a favor de seguir sem olhar para trás, muitas vezes nossa felicidade está
em se afastar do convívio, deixar de sofrer, matar a culpa de não falar por
anos com pai e mãe e ser feliz.
Por isso não julgo quem não fala com os seus, não julgo quem se afasta,
cada um tem um limite e cada um sabe onde o calo aperta, perdoar faz bem, mas
perdoar não significa conviver, sofrer tudo de novo, abraçar o injusto. Perdoar
é pegar sua canoa e remar na direção da sua felicidade.
Boa sorte!
Srta.Arcise
Srta.Arcise
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