quinta-feira, 11 de outubro de 2012

O amado não é um objeto

O outro não é um objeto que nasceu para te servir, ninguém é propriedade de ninguém. Em relacionamentos não deve existir o traído e o traidor para mim isso é posse, sentimento de superioridade, falta de caráter e sentimento mesquinho de que eu posso, eu faço, sou fraco Ah você é fraco? Se fortaleça antes de casar, se fortaleça antes de namorar, se fortaleza para não ferir corações, não abrir feridas, não machucar a alma. É fácil falar "eu te amo" 376 vezes, é fácil ligar 25 vezes ao dia, é fácil ser grudento e meloso, mas é difícil ceder as tentações? Não! não acho que seja difícil quando existe amor e respeito, quando existe altruísmo ao ponto de fazer pensar: eu não posso fazer com ela o que eu não gostaria que ela fizesse comigo. Também não acho salutar as dependências emocionais, você passa 20, 30, 40 anos da sua vida sem aquela pessoa e de repente ela se torna o seu ar, o seu oxigênio, o seu tudo, você se distancia dos amigos, vive em função das rotinas do amado, deixa ele decidir tudo da sua vida seu corte de cabelo, seu cheiro de perfume, o restaurante, o filme, os passeios e até a comida. No início tudo isso é fácil porque na fase do agradar você fica contente em fazer as vontade do amado, mas experimenta dizer sim para tudo por 3 anos ininterruptos, é um inferno, você perde a sua identidade, você se sente excluída das suas vontades mais básicas de por exemplo escolher o que comer, que restaurante frequentar, sou do tipo que acho que sessão cinema deve ser escolhido pelo casal alternadamente, uma hora um escolhe o filme, outra hora o outro. Trair também é indecisão, se eu não sei o que quero eu caso ou namoro e fico aberto para outros relacionamentos. Não quero ser porta voz de discurso moralista, mas quero ratificar meu respeito pelo ser humano, pelo outro, pelo amado. Também não estou aqui para ser feminista do tipo que prega por que os homens podem e as mulheres não? Se formos estudar antropologia e fazer pesquisa nas famílias veremos que parte dos problemas de traição vem de cultura da permissividade do pais perante a criação dos filhos, o pai se preocupa com a iniciação sexual do filho, quer que seja o quanto antes, forçam encontros em casas noturnas, querem garantir a virilidade e macheza, mas tudo isso para que? Na antropologia se ver até biblicamente falando os senhores com várias mulheres, servidos de carapuças de esposas que mal pareciam escravas domésticas e sexuais. Os tempos mudaram e as coisas retrocedem, o número de traições cresce bastante, os homens ao invés de aprender os bons exemplos femininos de não trair, ensinaram com louvor a vingança feminina. As mulheres aprendem a lição do desrespeito, do olho por olho, dente por dente, chumbo trocado não dói mesmo. É claro que não generalizo, aliás não compactuo nem um pouco com esse tipo de conduta, acho até desleal consigo mesmo o ato de trair.
Eu já tenho bagagem de decepções amorosas, já creditei no sentimento para sempre, já acreditei demais em pessoas desleais, já tive sentimentos verdadeiros e já me confundi em sentimentos, o mais honesto é ser honesta, terminar sem machucar se isso é possível, mas acho que o respeito é a chave de sucesso das relações afetivas.

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