Esporte e mundo corporativo têm muito em comum. Veja exemplos dos Jogos Olímpicos que podem ajudar na vida profissional
Na vitória ou na derrota, os atletas que
competem em Londres deixam mensagens que ultrapassam a barreira dos anéis
olímpicos. Lições do esporte podem ser aplicadas ao mundo corporativo quando o
objetivo é consolidar uma carreira de sucesso. Confira três exemplos dos Jogos
Olímpicos que podem ser levados para a vida profissional:
Dedicação constante
A dedicação contínua é a condição essencial
para se tornar um vencedor. "Essa é uma das principais mensagens
transmitidas pelo esporte", diz Renato Miranda, especialista em psicologia
do esporte e autor do livro "Construindo um Atleta Vencedor".
Um dos exemplos mais claros é a rotina
exaustiva de treinos do nadador americano Michael Phelps, que se tornou o maior
vencedor da história dos Jogos Olímpicos, e somou sua décima nona medalha. Para
chegar ao topo, o americano enfrenta há vários anos treinos pesados de mais de
12 mil metros de natação por dia, além de musculação e exercícios específicos dentro
e fora d’água.
O sucesso na carreira profissional também não
ocorre da noite para o dia. "Estamos em uma cultura imediatista, em que as
pessoas buscam sucesso rápido", diz Cesar Kaghofer, representante da Dale
Carnegie Training no Brasil.
De acordo com ele, da mesma forma que o atleta tem que treinar muito até conseguir a medalha de ouro, o profissional precisa amadurecer na função antes conquistar uma promoção, por exemplo. "É preciso ficar pelo menos de 1 a 2 anos em uma empresa para ter resultados", diz Kaghofer.
De acordo com ele, da mesma forma que o atleta tem que treinar muito até conseguir a medalha de ouro, o profissional precisa amadurecer na função antes conquistar uma promoção, por exemplo. "É preciso ficar pelo menos de 1 a 2 anos em uma empresa para ter resultados", diz Kaghofer.
Cumprir regras
A Federação Mundial de Badminton (BWF) excluiu
oito atletas acusadas de tentarem perder jogos propositalmente para enfrentarem
adversários mais fáceis no mata-mata da modalidade feminina nos Jogos Olímpicos
de Londres. Entre as expulsas, está a dupla número 1 do mundo, formada pelas
chinesas Wang Xiaoli e Yu Yang. Foi a busca pelo caminho mais fácil que
resultou na má conduta das atletas durante a competição. Não houve perdão. "Aquele
que vai pelo caminho tortuoso, cedo ou tarde vai fracassar", diz Renato
Miranda.
Jogar limpo também é primordial para ter
sucesso dentro de uma empresa. "Ainda é comum encontrar pessoas que buscam
atalhos no mundo corporativo", diz Kaghofer. Optar pelo caminho mais curto
nem sempre é a melhor opção. "O trabalho só vai ficar mais fácil, quando o
profissional souber fazer e, muito bem, a parte mais difícil", diz o
representante da Dale Carnegie Training no Brasil. Além disso, diz Kaghofer, bons
profissionais geralmente não trabalham com quem busca atalhos.
Fracasso faz parte
"A metáfora é a da montanha-russa: às
vezes, se está por cima e, às vezes, por baixo", diz Miranda. Mesmo com
treinamento, dedicação e esforço, não é possível vencer sempre. O brasileiro
Diego Hypólito, 17 vezes medalha de ouro no Mundial de ginástica artística,
sabe disso. Um erro de cálculo na sua apresentação individual em Londres o
levou ao chão e o deixou de fora da final da competição. Com os olhos marejados
e cabisbaixo, o atleta admitiu o fracasso e pediu desculpas pelo erro.
De acordo com Renato Miranda, o primeiro passo é reconhecer que altos e baixos são inerentes a qualquer trajetória. "Quanto mais preparação, mais é possível avaliar isso", diz. Cesar Kaghofer concorda. "Só não tem fracassos quem não se esforça o suficiente", afirma.
De acordo com Renato Miranda, o primeiro passo é reconhecer que altos e baixos são inerentes a qualquer trajetória. "Quanto mais preparação, mais é possível avaliar isso", diz. Cesar Kaghofer concorda. "Só não tem fracassos quem não se esforça o suficiente", afirma.
Assumir a culpa e buscar corrigir os erros é a
melhor forma de lidar com esse aspecto muitas vezes amargo do jogo. Saber
aguentar a pressão, controlar o estresse e ansiedade são dicas de ajudam a
errar menos. "Essa capacidade é o que vai definir que as quedas sejam em
menor número", diz Miranda.
Fonte: Camila Pati/Revista
Você SA
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