Às vezes o melhor lado da pessoa ela
demonstra para estranhos, a pessoa é tolerante com o desconhecido, tolerante
com colegas de trabalho, engole sapos com o chefe, engole bois com meio mundo,
Mas...
Em casa eu grito, xingo, humilho, me
revolto. Com os meus eu não consigo me calar. Com os meus eu não engulo sapos.
Com os meus eu não sei contar até 10. Eu sou agressivo, sou mal-educado, sou
irônico, sou sincero ao extremo, sou eu. Se o vizinho põe o som nas alturas eu
posso reclamar entre os familiares por está ouvindo aquele brega mas não vou
brigar, mas se meu irmão põe o som alto, aquele brega não entra na minha
garganta e se preciso for quebro até o mini sistem.
Estranho Né! A gente magoa quem está
próximo, nos acolhendo, nos amando, nos apoiando, a gente trata bem ou aguenta
pessoas que não quebram nem a unha por nós, que talvez nem nos ache qualquer
coisa, talvez isso aconteça porque fora de casa existe um holofote te olhando e
dentro de casa ninguém está vendo. Fora de casa você é julgado e apedrejado,
dentro de casa você é compreendido. As pessoas se sentem seguras suficientes
para fazer com os outros o que quiser porque não é politicamente correto ter
raiva do pai, da mãe, do irmão, da irmã, não é politicamente correto sentir um
amor imenso por um amigo em detrimento ao amor morno por qualquer familiar seu.
E aí todo mundo vive e sobrevive como se o amor fosse uma mágica que não
importa o que aconteça ele sempre existirá, como se o amor não merecesse ser
cultivado.
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