Não adianta
dizer que é diferente, olhamos o mundo sob a nossa ótica, nossa criação, nossa
religião, nosso projeto de mundo melhor, nossas expectativas, nossas dores,
nossa vida passada e presente.
Ao longo dos
anos, muitas transformações significativas acontecem na nossa vida, mudamos de
ideia, aprendemos lições, acertamos e erramos com e sem culpa, nos fortalecemos
com valores adquiridos e princípios internos.
E assim, de cor
azul, verde, cinza, marrom ou preto, vemos o mundo, a cidade, o nosso país, o
nosso próximo, a política, a leitura, a natureza, os animais.
O mundo,
dependendo dos nossos olhos, do nosso dia, da nossa alma fica mais azul ou mais
cinzento, mais bonito ou mais feio, mais habitável ou menos habitável. Horrendo
ou lindo ou o meio termo.
E quando olho de
pertinho, vejo os cravos, as manchas, os panos-brancos, as imperfeições, os
dentes amarelos e tortos e vejo o quanto a vida poderia ser mais perfeita,
menos esburacada, mais limpa e menos empoeirada.
As lentes às
vezes embaçam, e não embaçou por nossa culpa e sim por um choque térmico vindo
de fora, do externo, das bombas lançadas, das chamas da lareira, do vapor da água
quente, do frio do ar-condicionado e afeta a nossa visão, desfocam a nossa
percepção e mudam-se os olhares, é preciso desviar, não enxergar, piscar,
lacrimejar e se concentrar na busca por olhos novos a cada amanhecer.
Muitas vezes nos
concentramos no pontinho, na carne crescida, no glaucoma, na catarata e
esquecemos de olhar com os olhos de dentro, com os olhos interior, com os olhos
do coração, da alma e do cérebro. Precisamos aguçar o olhar, torná-lo puro,
transparente, aumentando a sua capacidade positiva, precisamos enxergar sem
julgamentos e conceitos pré-estabelecidos.

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