domingo, 16 de setembro de 2012

Senso Crítico ou Julgamento??


Hoje a minha irmã Célia Maria (Jucélia Barbosa) usou do seu senso crítico ou julgamento por duas vezes. A primeira foi quando passamos 1 hora do nosso dia catando lixo no amarelinho num evento de uma ONG por um mundo limpo. No nosso sacolão da águacrim colocamos plásticos, havaiana, embalagens de xampu, e um monte de coisas. Eu senti de cara a má vontade da Célia em catar o lixo, ela começou segurando a sacola e eu me abaixando para catar, depois de 30 segundos ela foi me ajudar, mas com cara de quem comeu e não gostou. Eu disse: Célia que houve? Porra Arcise, você quer que eu ajude aqui, mas tem 20 pessoas tirando foto e paradas e 3 catando lixo. Tive vontade de rir, porque por mais absurdo que parecesse, ela estava coberta de razão, mais eu disse: nós viemos aqui para ajudar, sermos uma gotinha e não para esperar que outros ajudem também. Quando chegamos em casa, entramos no elevador com um vizinho risonho, mais que o normal, atencioso, solícito e não demorou 2 segundos pediu voto para um vereador médico que por sinal é filho da amiga dos meus pais. O vizinho virou as costas, ela solta o veneno: eu sabia, ele nunca tratou a gente assim, mais uma vez eu usei a diplomacia e segurei o riso para explicar que era sempre tempo de recomeços e políticas de boa vizinhança. A Célia retruca: Ah não vem não! Aprendi contigo! Educar jovens com alto nível de senso crítico é barra!
O que quero demonstrar aqui, até porque sou muito parecida com minha irmã caçula é que nós sempre esperamos de governantes, representantes, associações que eles realmente sejam os primeiros a dar exemplos, esperamos e exigimos no nosso íntimo que eles façam por primeiro e nos motivem a fazer e foi exatamente essa revolta interna que causou nela. Por outro lado, se a gente se engessa porque o outro não faz o mundo fica cada dia pior, além de tudo houve uma iniciativa, uma estrutura montada, poucas pessoas e talvez aquelas pessoas “sofreram” tanto com o preparatório que já estavam sem forças para por a mão na massa.
A descrença na política nem se fala, receber afago e cordialismo em época de eleição é mais comum do que se pensa e dez mil vezes mais revoltante. Ser lembrada de 2 em e anos com o singelo interesse de ganhar o nosso voto é algo pra lá de desmotivador.
Sejamos os primeiros a amar, sejamos os primeiros a fazer, sejamos os primeiros a lutar pelo que acreditamos sem olhar para os lados.

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